Exatamente um ano após sua maior aquisição – o portfólio da Takeda –, a Hypera Pharma pode ir ao mercado novamente. O presidente da empresa, Breno Oliveira, disse nesta segunda-feira (1/2), durante uma teleconferência com analistas, que o laboratório brasileiro mantém-se atento às novas oportunidades no mercado, apurou o Valor.
“Faz parte do DNA da Hypera as aquisições. Temos o potencial de capturar as sinergias e estamos olhando oportunidades”, disse o executivo. Segundo ele, a companhia está de olho em movimentos de outras indústrias farmacêuticas que podem se desfazer de marcas para concentrar esforços em outras áreas, como aconteceu com a Takeda e a linha Buscopan.
Breno Oliveira descartou, porém, esse movimento no curto prazo, pois o foco da companhia agora é a integração das aquisições recentes. O executivo ressaltou ainda que, com a operação do portfólio de medicamentos isentos de prescrição (MIP) da Takeda, a companhia vai perseguir a liderança de mercado no País.
A expectativa da empresa para este ano é de crescimento de 15% nas vendas no varejo. “No ano passado, tivemos um impacto negativo no segundo trimestre por causa da pandemia, mas acreditamos que vamos recuperar o desempenho. Ter uma alta em sell-out de 15% é bastante factível”, ressaltou.
Oliveira afirmou, ainda que no ano passado, a Hypera conseguiu imprimir uma gestão de custos mais eficiente e, consequentemente, “mitigar impactos negativos da pandemia”. Prova disso, segundo ele, é o crescimento da receita líquida em 24% no ano.
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Já em relação a investimentos, o executivo destacou que a Hypera deverá manter os aportes na expansão de capacidade este ano. Em 2020, a companhia iniciou as obras nas fábricas de vitaminas e de sólidos.“Fizemos um investimento relevante de R$ 450 milhões e deve ser maior este ano. Vai ser o pico de investimentos da empresa”.
Com uma nova unidade de estéril, a Hypera poderá produzir vacinas e medicamentos injetáveis no Brasil, revelou Oliveira. “Estamos trazendo equipamentos para a expansão das unidades de vitaminas e sólidos e construindo a nova fábrica de estéril. Com a conclusão desses aportes, devemos voltar para o patamar de R$ 200 milhões a R$ 300 milhões, que são os aportes de manutenção”, afirmou.
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