Com objetivo de entrar no mercado de produção de medicamentos à base de cannabis, a GreenCare acabou de captar R$ 40 milhões para investir no novo segmento. A marca já realizou a compra de uma fábrica em Vargem Grande (SP) e está estruturando o local para receber todas as certificações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Além da fábrica, parte dos recursos serão direcionados às pesquisas e para aumentar o contingente de consultores da GreenCare, companhia criada em 2018 por três executivos brasileiros e que faz parte do fundo canadense Greenfield.
Atualmente, a companhia assessora pacientes que precisam importar medicamentos à base de cannabis e é uma das líderes em prescrição médica.
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Por enquanto, no Brasil, os medicamentos à base de cannabis são vendidos sob prescrição médica e só podem ser importados por pessoas físicas.
Entretanto, com a aprovação da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 327/19, que entrou em vigor em março do ano passado, a Anvisa aprovou a regulamentação do registro de medicamentos à base de canabinoides e a venda dos produtos em farmácias.
Porém, cabe destacar que o cultivo da cannabis é proibido no Brasil. Os laboratórios que pretendem desenvolver o medicamento no País têm de importar o insumo.
Por isso, a aquisição da fábrica pela GreenCare e a aprovação em todos os certificados são essenciais para que a marca possa desenvolver os produtos em solo brasileiro.
Nessa primeira fase, a instalação receberá somente medicamentos prontos para serem vendidos aos pacientes. Após as certificações da Anvisa para o funcionamento do laboratório, a unidade estará pronta para importar os insumos - extratos de óleo de canabidiol para formular os seus próprios medicamentos.
A expectativa é de que a produção comece a ser feita a partir do ano que vem. “A matéria-prima será importada de fornecedores da Colômbia e EUA”, diz Martim Mattos, presidente da empresa.
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