Hackers alteraram informações dos imunizantes da Moderna e da Pfizer antes de postar na internet, para minar a confiança do público nas vacinas, revelou o site Beckers Hospital Review.
De acordo com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), os hackers que vazaram os dados das vacinas contra a Covid-19 da Moderna e da Pfizer diretamente da agência europeia manipularam as informações antes de publicá-las on-line.
Em uma atualização sobre o ataque cibernético, a EMA revelou que os documentos vazados incluíam e-mails internos e confidenciais sobre o processo de avaliação das vacinas e que “parte da correspondência foi manipulada pelos perpetradores antes da publicação, de forma que pudesse minar a confiança nos imunizantes”.
A EMA foi atingida pelo ciberataque em dezembro, deixando seus dados, da Moderna, da Pfizer e de outros entes vulneráveis aos hackers. A agência apóia uma investigação criminal sobre a violação dos dados.
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Essa não foi a primeira vez que piratas tentaram roubar informações vitais sobre as vacinas contra o novo coronavírus. Em dezembro, supostos hackers da Coreia do Norte tentaram, sem sucesso, entrar nos sistemas da fabricante de medicamentos britânica Astrazeneca e da Universidade de Oxford, revelou o El País.
Segundo o jornal espanhol, a Interpol chegou a emitiu um alerta global no final do ano dirigido a seus 194 países membros instando-os a “estarem vigilantes contra as redes do crime organizado interessadas em tirar proveito das vacinas contra a Covid-19, tanto fisicamente quanto on-line”. “Enquanto os governos se preparam para lançar as novas vacinas, as organizações criminosas planejam se infiltrar nas cadeias de fornecimento ou perturbá-las”, explicou em um comunicado o secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock.
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