A indústria farmacêutica Pfizer planeja o lançamento de uma vacina em pó contra o novo coronavírus (Covid-19). A ideia, que ainda está em fase de estudos, visa driblar as dificuldades de distribuição do antígeno da companhia, produzido em parceria com a BioNTech.
Essa informação foi confirmada pelo diretor-geral da companhia, Mikael Dolsten, durante entrevista concedida ao jornalista Josh Nathan-Kazis, da revista Barrons, na terça-feira (12/01). Na conversa, ele revelou detalhes sobre como a Pfizer está se articulando para dar continuidade à vacinação em massa contra a Covid-19 e falou sobre os planos para o desenvolvimento do imunizante em pó.
Receba nossas notícias por e-mail: Cadastre aqui seu endereço eletrônico para receber nossas matérias diariamente
De acordo com Dolsten, um ponto a favor do imunizante em pó está relacionado ao fato de que o produto poderia ser transportado em refrigeradores comuns, ação que facilitaria a logística da vacinação em massa com a fórmula desenvolvida pela companhia farmacêutica, pois, atualmente, o antígeno BNT162 necessita de temperaturas abaixo de 70 graus negativos.
Sobre a forma de aplicação, Dolsten explica que a vacina em pó seria administrada da mesma forma que as líquidas, pois, ao chegar na unidade de aplicação, seu conteúdo poderá ser diluído.
Quando será disponibilizada?
Já em relação à disponibilização do novo medicamento, Dolsten destacou que os pesquisadores têm obtido evolução no desenvolvimento da versão em pó. Nesse sentido, o gerente-geral da Pfizer conta que há expectativas de que as primeiras doses estejam prontas no meio deste ano, podendo substituir, completamente, a versão líquida e congelada até 2022.
Por fim, Dolsten também disse que a companhia farmacêutica prevê que a imunização contra a Covid-19 poderá ser recorrente, por isso, os atuais antígenos poderão perder a utilidade em 2 anos, em razão de possíveis mutações do vírus.
"Acho que o número de mutações que se acumularam neste curto período mostra que é muito razoável supor que dentro de um certo tempo, que pode ser um ano, dois anos, as vacinas atuais, todas elas, perderão atividade. Elas não ficarão inativas [do dia] para a noite, mas vão perder gradualmente”, explicou.
Participe também: Grupos de WhatsApp e Telegram para receber notícias farmacêuticas diariamente
Obrigado por apoiar o jornalismo profissional
A missão da Agência de notícias do ICTQ é levar informação confiável e relevante para ajudar os leitores a compreender melhor o universo farmacêutico. O leitor tem acesso ilimitado às reportagens, artigos, fotos, vídeos e áudios publicados e produzidos, de forma independente, pela redação da Instituição. Sua reprodução é permitida, desde que citada a fonte. O ICTQ é o principal responsável pela especialização farmacêutica no Brasil. Muito obrigado por escolher a Instituição para se informar.