O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) impôs condições à aprovação da compra do portfólio de medicamentos isentos de prescrição (MIP) da Takeda na América Latina pela Hypera Pharma. A aquisição, de US$ 825 milhões (R$ 4,2 bilhões), foi anunciada em março deste ano, revelou o Valor Econômico.
Segundo o jornal, a Superintendência-Geral do Cade emitiu ontem (9/12) uma recomendação para que a transação só tenha continuidade uma vez que as empresas formalizem um acordo que garanta a concorrência no mercado de medicamentos isentos de prescrição.
A compra dos ativos da japonesa Takeda é a maior realizada na história da Hypera, que recentemente também adquiriu o medicamento Buscopan. A operação tem o potencial de transformar a companhia brasileira na maior indústria farmacêutica do Brasil, além de líder no segmento de MIP no País.
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O portfólio adquirido da Takeda inclui produtos em áreas terapêuticas como cardiologia, diabetes, endocrinologia, gastrenterologia, sistema respiratório e clínica geral, além de marcas como Neosaldina, Dramin e Xantinon. Desde o anúncio da aquisição, o mercado já previa que poderia haver questionamentos no Cade, apurou o Valor. A Hypera já tem em sua carteira a Doralgina, outra marca forte no mesmo segmento da Neosaldina.
Em um passo para prosseguir com a compra do portfólio da Takeda, a Hypera anunciou recentemente a venda (por R$ 95 milhões) das marcas Xantinon e Xantinon Complex para União Química Farmacêutica Nacional. O acordo de aquisição contemplou também ativos intangíveis relacionados à marca Xantinon, como propriedade intelectual, registros sanitários e know how necessário para o processo de fabricação. O Cade aprovou sem restrições essa negociação.
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