O suposto erro cometido por uma empresa farmacêutica gerou o desenvolvimento de pelos em todo o corpo de quase vinte crianças que tomaram um produto para calvície, mas que estava em uma embalagem com rótulo de xarope. Apesar do caso ter acontecido em 2019, no norte da Espanha, os pais das crianças alegam que, mesmo depois de quase dois anos após o incidente, os cabelos ainda não param de nascer, segundo informação publicada pelo portal da revista Crescer.
Ainda de acordo com as informações, os fios começaram a aparecer logo após esse grupo de crianças receber os “xaropes” com rótulos incorretos. Em vez de medicamento para o tratamento dos sintomas de refluxo e dores de estômago, elas acabaram ingerindo uma substância que estimulou o crescimento dos pelos.
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Nesse sentido, as autoridades espanholas suspeitam que a empresa farmacêutica responsável pela fabricação do medicamento tenha cometido um erro na hora de elaborar e embalar o produto. Por isso, os xaropes estavam com os rótulos incorretos, pois, na verdade, se tratava de uma fórmula para calvície, que acabou sendo distribuída, de forma equivocada, para farmácias em Granada, Cantábria e Valência.
Repercussão
De acordo com o Ministério da Saúde (MS) da Espanha, o caso ganhou repercussão após um grupo de famílias, representado pelo advogado Javier Diaz Aparício, mover uma ação judicial apresentando uma denúncia às autoridades, em julho de 2019, com o respaldo do laudo de um pediatra que tratou uma das crianças.
No documento, o médico alegou que o desenvolvimento dos pelos aconteceu em decorrência da administração equivocada de minoxidil (estimulante folicular), quando, na verdade, a criança deveria estar fazendo uso de omeprazol.
Por isso, esse erro teria feito com que todas as crianças tivessem um crescimento fora do comum de pelos em todo o corpo, resultando em uma condição conhecida por hipertricose.
Andamento do caso
Depois de ter conhecimento do caso, a Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos de Saúde retirou os lotes da Farma-Química Sur SL do mercado, em 11 de julho de 2019. Além disso, o laboratório farmacêutico foi fechado e teve todos seus medicamentos recolhidos.
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