O laboratório Eli Lilly anunciou nesta quinta-feira (16/10) ter acertado a compra da empresa de biotecnologia Disarm Therapeutics por US$ 135 milhões (R$ 761 milhões), expandindo sua atuação na área de doenças neurodegenerativas e drogas contra dor, informou a agência Dow Jones Newswires.
A companhia farmacêutica norte-americana disse que os acionistas da Disarm poderiam receber até US$ 1,2 bilhão (R$ 6,8 bilhões) em pagamentos adicionais com base no desenvolvimento e comercialização de novos produtos bem-sucedidos resultantes da aquisição.
Nascida em 2017, a Disarm passou a desenvolver inibidores SARM1, licenciados da Universidade de Washington. O SARM1 está envolvido na degeneração dos axônios, as fibras nervosas que transportam sinais entre os neurônios.
A esperança é que a degeneração axonal possa ser retardada, interrompendo a progressão de doenças dos sistemas nervosos central, ocular e periférico, incluindo esclerose múltipla, glaucoma, doença de Alzheimer e esclerose lateral amiotrófica (ELA).
Segundo o vice-presidente de pesquisa de neurodegeneração da Eli Lilly, Mark Mintun, a equipe científica da Disarm descobriu uma abordagem promissora para combater a degeneração axonal, um evento característico em muitas condições neurodegenerativas.
“Vamos agir rapidamente para desenvolver seus inibidores de SARM1 em medicamentos potenciais para neuropatia periférica e doenças neurológicas, como esclerose múltipla”, disse Mintun, conforme a Dow Jones.
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“A Eli Lilly é a empresa ideal para avançar nessa nova abordagem para o tratamento da degeneração axonal, e esperamos ver os pacientes se beneficiarem do trabalho iniciado pelo Disarm em breve”, acrescentou o diretor-executivo da Disarm, Alvin Shih.
O negócio com a Disarm foi feito em meio a um ano agitado para a Eli Lilly. A empresa está trabalhando em dois tratamentos de anticorpos com AbCellera e Junshi Biosciences, respectivamente, segundo o site Fierce Biotech.
E na virada do semestre, juntou-se à Evox Therapeutics, do Reino Unido, para produção de drogas antisense para distúrbios neurológicos e licenciou um grupo de candidatos pré-clínicos à ELA para a QurAlis, empresa especializada na doença.
Finalmente, em março, a empresa pagou à Sitryx, outra empresa britânica de biotecnologia, US$ 50 milhões (R$ 282 milhões) para trabalhar em até quatro alvos em doenças autoimunes.
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