Algumas indústrias farmacêuticas estão dispostas a emitir um compromisso público para atestar a segurança e eficácia de suas respectivas vacinas contra o novo coronavírus (Covid-19). A iniciativa surgiu em meio à polêmica de que algumas companhias estão buscando isenção de responsabilidade, caso seus potenciais antígenos em desenvolvimento contra o vírus apresentem algum resultado inesperado e indesejado.
Segundo o portal Valor Econômico, a iniciativa está sendo firmada por indústrias como Pfizer, Johnson & Johnson e Moderna, que deverão se comprometer com a adesão de “altos padrões científicos e éticos” na condução de estudos clínicos e nos processos de desenvolvimento e fabricação dos seus potenciais antígenos.
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Nesse sentido, fontes revelaram ao jornal que as companhias devem emitir uma declaração pública com a promessa em conjunto ainda na primeira quinzena de setembro de 2020. Esse informativo deverá se juntar a um número crescente de garantias públicas, que têm sido dadas por executivos de indústrias.
“Acreditamos que essa promessa ajudará a garantir a confiança do público nas vacinas para a Covid-19 que estão para ser aprovadas, com a adesão ao rigoroso processo científico e regulatório pelo qual são avaliadas”, irá dizer um trecho do comunicado, segundo o veículo.
Polêmica
A repercussão em torno do assunto surgiu após o Financial Times (FT) apurar que laboratórios produtores de vacinas contra a Covid-19 pressionam a União Europeia por uma isenção de responsabilidade civil para seus membros, caso as vacinas contra o novo coronavírus, que estão sendo desenvolvidas em tempo recorde, deem errado.
Esse lobby das indústrias farmacêuticas vem na esteira de outra pressão global: para que as vacinas estejam disponíveis logo. De governos à população mundial, passando pelo interesse econômico dos próprios laboratórios, há uma corrida pela conclusão rápida de um imunizante contra a Covid-19.
A pandemia reduziu a meses o processo de pesquisa e desenvolvimento de vacinas, que poderia levar anos. Alguns antígenos potenciais já estão na fase três do estágio de testes – a última etapa antes de buscarem os órgãos reguladores para aprovação. Em paralelo, governos em todo o mundo despejaram dinheiro na pesquisa para tentar salvar vidas e prevenir novos lockdowns, que prejudicam a economia e arranham carreiras políticas.
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