Mesmo sem aprovação da Food and Drug Administration (FDA) alguns cientistas nos Estados Unidos estão criando vacinas contra o novo coronavírus (Covid-19) e testando os potenciais imunizantes em si mesmos, além de em familiares e amigos. Outra medida que preocupa as autoridades em saúde é que alguns pesquisadores resolveram vender seus possíveis antígenos que ainda não estão de acordo com os parâmetros estabelecidos pelas agências de controle de medicamentos.
Um caso que tem repercutido em todo o mundo envolve o cientista Johnny Stine, que é proprietário de uma empresa de biotecnologia especializada em pesquisas com anticorpos. Logo após aplicar seu potencial antígeno em si mesmo, ele também resolveu administrar o produto em sua família. Além disso, o pesquisador decidiu comercializar seu potencial imunizante por cerca de US$ 400,00 (equivalente a R$ 2.100,00).
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Segundo matéria publicada no The New York Times, ele alegava que seu potencial vacina, além de imunizar, também poderia servir para tratar a Covid-19.
Após denúncias, Stine recebeu uma notificação do FDA com um alerta para que ele parasse, imediatamente, de divulgar falsas promessas sobre o seu possível imunizante. Além disso, em junho de 2020, ele foi acionado pela justiça de Washington e acabou sendo processado pela venda da substância sem aprovação ou eficácia comprovada. Como perdeu a causa, o cientista será obrigado a ressarcir as pessoas que compraram o antígeno.
Casos parecidos
São muitas as situações de comercialização de vacinas sem eficácia comprovada contra o novo vírus. Recentemente, o instituto de pesquisa israelense, Galilee Research Institute (Migal) emitiu um alerta sobre a venda de um falso antígeno em que criminosos estavam utilizando o logotipo da empresa para promover o produto.
Ao tomar conhecimento do caso, a instituição informou imediatamente o ministério dos Negócios Estrangeiros e da Saúde de Israel sobre essa situação. A pasta tomou as devidas providências e entrou em contato com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O alerta também foi emitido para diversos Ministérios da Saúde de países na América do Sul, região em que o produto estava sendo amplamente comercializado. Segundo o comunicado emitido pela empresa na ocasião, o caso segue em investigação.
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