O grupo farmacêutico chinês Sinopharm, resolveu divulgar o preço da sua vacina contra o novo coronavírus (Covid-19), que de acordo com a companhia, deve estar pronta para ser comercializada até dezembro de 2020. Contudo, o valor revelado causou surpresa, devido ao alto custo.
“Não será muito cara. Esperamos que custe algumas poucas centenas de yuans por injeção, por isso o tratamento completo [com duas doses] deveria custar menos de 1.000 (R$ 800,00)", disse o presidente da empresa farmacêutica, Liu Jingzhen, em declaração a um jornal local intitulado Guangming Daily.
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Segundo informações divulgadas pelo El País, o antígeno da Sinopharm, desenvolvido em conjunto ao Instituto de Virologia de Wuhan e o Instituto de Produtos Biológicos da mesma cidade, filial da empresa National Biotec Group Company, já finalizou as duas primeiras fases de ensaios clínicos. Na segunda-feira (17/08), a indústria revelou ter registrado, por enquanto, resultados positivos, que inclusive foram citados em publicação na JAMA (revista da Associação Médica Americana).
Andamento
Por meio de um comunicado publicado no tabloide oficial Global Times, a companhia destacou que os 1.120 voluntários que receberam a vacina na primeira e segunda fases de ensaios geraram anticorpos contra o novo vírus, após receberem duas doses. “A vacina demonstrou ser efetiva e segura”, informou a empresa.
De acordo com os pesquisadores, o antígeno induziu a produção de anticorpos neutralizantes, demonstrando boa capacidade de gerar resposta imune. Além disso, o estudo também avaliou a segurança da vacina experimental e chegou à conclusão que não foram observadas reações adversas severas, pois, as mais comuns se resumiram em sintomas leves, como dor no lugar da injeção, seguida de febre, entretanto, ambas as manifestações ocorreram de formas moderadas.
Ainda em agosto de 2020, deverá terminar a terceira e última fase de testes com a vacina, para que os voluntários sejam observados em setembro. Já a divulgação dos resultados deverá acontecer em outubro.
Após essas etapas, a vacina poderá, então, receber a autorização para comercialização. Nesse sentido, a Sinopharm destacou que sua fábrica em Pequim poderá tornar-se o maior centro de manufatura de vacinas contra a Covid-19 do mundo, ao qual se soma um segundo complexo em Wuhan, ou seja, fato que mostra que a empresa está disposta a exportar sua potencial substância imunizante para todo o mundo.
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