As indústrias farmacêuticas, Roche e Merck KGaA, fizeram acordos com a Comissão Europeia para garantir o fornecimento de medicamentos que estão sendo utilizados, em caráter experimental, no tratamento de pacientes com o novo coronavírus (Covid-19).
As parcerias foram criadas para o medicamento para artrite RoActemra, da Roche, além do Rebif, da Merck, que é indicado para o tratamento de esclerose múltipla. Contudo, não foram divulgadas as condições estabelecidas para esse acordo, segundo o UOL.
Os dois fármacos atingem as proteínas no corpo, aquelas que são associadas às inflamações. Nesse sentido, há expectativas de que essas substâncias possam ajudar pacientes diagnosticados com o novo coronavírus, que estejam em estado grave, principalmente, no caso de pessoas que sofrem de reações do sistema imunológico, quadro que pode levar à falência dos órgãos e, consequentemente, ao óbito da pessoa.
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De acordo com o veículo, a Roche está realizando muitos testes com o RoActemra. Esse produto ainda está sendo avaliado na terapia em associação ao remdesivir, que já foi, inclusive, autorizado no tratamento emergencial contra a Covid-19 por agências reguladoras de diversos países, como no caso do Food and Drug Administration (FDA), que aprovou o uso nos Estados Unidos, por exemplo, e o Ministério da Saúde do Japão, que também liberou a substância naquele país.
Ainda segundo informação divulgada à imprensa, serão garantidos esses medicamentos para qualquer um dos 27 estados membros da União Europeia, que estejam interessados na compra desses produtos.
Outros investimentos
Além da corrida por medicamentos eficazes contra o novo vírus, a Roche também tem investido no segmento de testes. Em maio de 2020, a empresa recebeu a aprovação do órgão regulador americano, FDA, para realizar o seu teste sorológico que, segundo a companhia, consegue identificar se uma pessoa já foi exposta ao novo coronavírus e produziu anticorpos contra a doença.
De acordo com a indústria farmacêutica, o grande diferencial do seu exame é que o método possui 99,8% de taxa de acerto em casos de resultados positivos.
Nesse sentido, vale ressaltar que a grande maioria dos testes rápidos disponibilizados, atualmente, apresenta uma taxa de erro de até 70% em casos de resultado negativo.
Como funciona
O organismo humano produz defesas em resposta contra diversas doenças. No caso do novo coronavírus, a Roche explica que os testes precisam ter a capacidade de detectar, especificamente, anticorpos de combate ao SARS-CoV-2 (que causa a Covid-19) sem reatividade cruzada com outros vírus semelhantes membros da mesma família, que podem gerar um falso resultado e, consequentemente, indicar que o paciente produziu uma imunidade que não existe.
Sendo assim, o laboratório suíço garante que seu teste, que funciona por meio de uma simples amostra de sangue, é capaz de detectar os anticorpos desenvolvidos pelo sistema imunológico em resposta ao SARS-CoV-2.
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