Em todo o mundo, indústrias farmacêuticas já estão em uma verdadeira corrida contra o tempo na busca de uma vacina eficaz na prevenção do novo coronavírus (Covid-19). Ao todo, há mais de 100 substâncias imunizantes em desenvolvimento, sendo que desse total ao menos oito já estão em fase de início dos testes clínicos em seres humanos. Nesse sentido, há muita discussão no setor sobre de que maneira será possível imunizar a população mundial.
Gigantes como Johnson & Johnson, AstraZeneca e Sanofi estão aumentando a capacidade de produção para ter condições de fabricar centenas de milhões de doses de vacinas próprias ou de parceiros, caso seja descoberta uma substância eficaz contra o novo vírus.
Algumas nações, como os Estados Unidos, por exemplo, estão empenhadas em levantar recursos que possibilitem acelerar o desenvolvimento da substância, de maneira que seja possível o aumento na capacidade de produção. Segundo o Valor Econômico, o governo americano tem expectativas de que possa ter doses disponíveis da nova vacina ainda no quarto trimestre de 2020.
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Contudo, apesar de muitas vacinas em desenvolvimento, ainda não há nenhuma garantia de que uma entre as substâncias em fase de testes será eficaz na prevenção do novo vírus. Além disso, mesmo que a vacina seja encontrada, sua validação precisa ser feita de maneira rápida pela Food and Drug Administration (FDA), órgão que regula a liberação de medicamentos e alimentos nos EUA.
No entanto, em recente comunicado à imprensa, a FDA garantiu que “fará uso de todas as autoridades apropriadas e propiciará rápida assessoria para acelerar o desenvolvimento e a disponibilidade de uma vacina segura e eficaz contra a Covid-19”.
Ação das indústrias
A Johnson & Johnson tem expectativas de ter os primeiros lotes da sua vacina prontos no início de 2021. De acordo com informação divulgada pelo diretor científico da empresa, Paul Stoffels, essa quantidade poderá ser suficiente para vacinar os profissionais de saúde de todo o mundo. Além disso, a indústria farmacêutica estima que será possível produzir 1 bilhão de doses, caso encontre a substância certa.
Já a norte-americana Moderna está aumentando sua capacidade de produção de vacinas. Para isso, a companhia firmou uma parceria com a fabricante terceirizada suíça Lonza, com o intuito de produzir milhões de doses por mês, até o final de 2020. Segundo o executivo-chefe da empresa farmacêutica americana de biotecnologia, Stephane Bancel, a intenção é aumentar essa potência de fabricação para até um bilhão de unidades por ano.
Prioridade na vacinação
Nos EUA, já há muita discussão sobre quais serão os prováveis grupos que estariam no começo da fila de vacinação, caso seja descoberta a nova substância imunizante. A iniciativa deverá imunizar, primeiramente, socorristas e profissionais da área de saúde, que estão atuando na linha de frente no combate à pandemia. Além disso, funcionários que trabalham em supermercados, farmácias, na fabricação de alimentos e que fiscalizam o trânsito também deverão ter prioridade.
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