Para vencer a Covid-19, vários laboratórios no mundo, juntamente com universidades, estão pesquisando vacinas que possam conter a pandemia. Dois dos maiores em escala de fabricação, Sanofi e GlaxoSmithKline (GSK), uniram-se para desenvolver um medicamento imunizador contra o novo coronavírus.
O acordo para desenvolver uma vacina para a Covid-19 entre as duas farmacêuticas foi anunciado nesta semana. A Sanofi testará seu medicamento experimental com os chamados adjuvantes da GSK, que são adicionados a algumas vacinas para melhorar a resposta imunológica e criar uma imunidade mais forte e duradoura contra infecções do que apenas a vacina normal. Além disso, esses componentes podem reduzir a quantidade de proteína da vacina necessária por dose, aumentando a probabilidade de que possa ser produzida em grandes quantidades. Um medicamento reforça a ação do outro.
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De acordo com as empresas, seu objetivo é que as etapas clínicas (testes com humanos) tenham início no segundo semestre deste ano. Se aprovadas pelos órgãos reguladores dos países, a expectativa é que a vacina esteja disponível até o segundo semestre de 2021.
A Sanofi, segundo a agência Bloomberg, a iniciou as pesquisas em fevereiro, apostando que esforços prévios na busca de uma vacina contra a SARS poderiam acelerar sua iniciativa. A empresa se uniu à Autoridade Biomédica de Pesquisa e Desenvolvimento Avançado (BARDA na sigla em inglês), dos Estados Unidos, uma agência governamental que financia projetos de pesquisa e desenvolvimento contra ameaças à saúde.
Segundo Sanofi e GSK, a parceria pode aumentar a probabilidade de fornecer uma vacina eficaz que possa ser fabricada em escala. “Essa colaboração reúne duas das maiores empresas de vacinas do mundo. Ao combinar nossa ciência e nossas tecnologias, acreditamos que podemos ajudar a acelerar o esforço global para desenvolver uma vacina para proteger o maior número possível de pessoas da Covid-19”, disse a executiva-chefe da GSK, Emma Walmsley, conforme divulgou o Valor Econômico. “Se formos bem-sucedidos, poderemos fabricar centenas de milhões de doses anualmente até o final do próximo ano”, completou Emma à Bloomberg.
Para o presidente da Sanofi, Paul Hudson, o objetivo é criar e fornecer quantidades suficientes de vacinas que ajudarão a combater o vírus. “Enquanto o mundo enfrenta essa crise mundial de saúde sem precedentes, fica claro que nenhuma empresa pode fazer isso sozinha”, afirmou. Já a GSK se comprometeu, segundo a Bloomberg, a reinvestir o lucro de curto prazo de uma vacina na pesquisa sobre o Covid-19 e preparação em longo prazo contra pandemias.
No comunicado à imprensa, ambas as empresas se comprometeram que qualquer vacina desenvolvida será acessível e disponível globalmente.
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