80 vagas para a área de inteligência artificial na farmacêutica GSK

80 vagas para a área de inteligência artificial na farmacêutica GSK

Com a intenção de otimizar a produção de novos medicamentos, a farmacêutica multinacional britânica GlaxoSmithKline está apostando na Inteligência Artificial (IA). Até o final de janeiro de 2020, a companhia quer preencher as 80 vagas para a nova unidade dedicada à genômica funcional, que ficará sediada em São Francisco, nos Estados Unidos.

No entanto, de acordo com o jornal The Guardian, a gigante farmacêutica tem encontrado dificuldades com a escassez de profissionais especializados no segmento. Por isso, está procurando mão de obra qualificada em diversas universidades, na Marinha norte-americana e até indústria da música.

Segundo o vice-presidente de Ciência Médica e Tecnologia da GSK, Tony Wood, a farmacêutica quer em sua equipe profissionais de alto padrão. “Na inteligência artificial estamos à procura dos melhores em todo o mundo. E são muito difíceis de encontrar. A competição é maior e não há um número grande de pessoas", explica.

Após a seleção, os profissionais escolhidos serão distribuídos em vários postos, entre cidades da Inglaterra e Estados Unidos. Algumas delas são: Londres, Heidelberg, São Francisco, Filadélfia e Boston.

Vale destacar ainda que, para a capital britânica, a GSK está em busca de profissionais com mestrado ou doutorado. Nessa função, eles vão trabalhar com projetos de desenvolvimento de medicamentos com recursos de inteligência artificial.

Ao jornal britânico, a empresa enfatizou que pretende desafiar os métodos tradicionais de medicamentos, acelerando os processos de desenvolvimento e aumentando as taxas de assertividade na aplicação dos produtos, em 10%. Ainda segundo a publicação, a companhia farmacêutica reforça que a IA poderá ser o caminho para descobrir tratamentos para o câncer e as doenças autoimunes, como a artrite reumatoide, por exemplo.

Outro destaque do projeto está no fato de que, em São Francisco, a GSK firmou uma parceria com a Universidade principal da cidade.  No espaço, funcionará um laboratório dedicado para estudar a genômica funcional.

Em suas pesquisas, a GSK tem apostado na investigação do genoma humano. Com base em evidências genéticas, os estudos visam corrigir defeitos genéticos e remodelar células doentes para combater doenças. Prova disso está no desenvolvimento da terapia que faz uso de recursos genéticos, a Strimvelis, que é conhecida por tratar uma imunodeficiência rara conhecida como síndrome ‘bubble baby’. O método é utilizado em pacientes que não podem receber transplantes de medula óssea por não terem doadores compatíveis entre os familiares.

Por que empresas farmacêuticas estão investindo em Inteligência Artificial?  

De acordo com estimativas da Federação Internacional de Associações de Indústrias Farmacêuticas (IFPMA, na sigla em inglês), o preço de desenvolvimento de um novo medicamento custa, em média, US$ 2,6 bilhões (cerca de R$ 10, 4 bilhões).

O alto custo é atribuido a diversos fatores, como falhas ao longo do processo de produção, aprovação regulatória, entre outros. Com base nisso, a inteligência artificial tem sido uma alternativa para diversas companhias farmacêuticas, como método de otimização de tempo na produção por meio de parcerias, visando diminuir os riscos que envolvem a elaboração de um novo medicamento.

Um exemplo disso é o AI Innovation Lab, fruto de uma parceria entre a Microsoft e o grupo farmacêutico suíço Novartis. O laboratório busca transformar a medicina com a IA.

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