A estética não justifica o risco: farmacêuticos alertam sobre o mau uso das canetas emagrecedoras

A estética não justifica o risco farmacêuticos alertam sobre o mau uso das canetas emagrecedoras

A crescente popularização das chamadas canetas emagrecedoras; que são medicamentos originalmente desenvolvidos para tratar diabetes tipo 2 e, em alguns casos, obesidade; reacendeu a discussão sobre os perigos do uso indiscriminado desses fármacos com fins estéticos. No centro desse debate está o farmacêutico, profissional que testemunha, orienta e alerta sobre os riscos que tantos ignoram.

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As canetas emagrecedoras atuam como agonistas do receptor de GLP-1, com efeitos como redução do apetite, retardo do esvaziamento gástrico e maior sensação de saciedade. Originalmente indicadas para condições crônicas como diabetes tipo 2, elas têm sido buscadas por quem deseja emagrecer rápido sem supervisão adequada.

Além dos efeitos adversos relativamente comuns, como náuseas, refluxo, inchaço, constipação ou diarreia, há riscos mais graves: danos ao sistema digestivo, úlceras, hemorragias gastrointestinais e até casos graves de pancreatite. Em muitos episódios, a medicação é adquirida sem receita ou com procedência duvidosa, inclusive produtos falsificados e transportados sem condições sanitárias adequadas, expondo usuários a riscos adicionais.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a importação, comercialização e propaganda de determinados produtos classificados como canetas emagrecedoras por não possuírem registro sanitário. A medida buscou conter práticas de desvio de uso e proteger a população de produtos irregularmente distribuídos.

Para as autoridades sanitárias, as restrições são fundamentais, mas insuficientes diante do volume de ofertas clandestinas e da forte demanda estética. Nesse cenário, o farmacêutico emerge como a figura que conecta orientação clínica, segurança do paciente e vigilância sanitária.

Por que o farmacêutico deve ser protagonista

  • Garantia da procedência: o farmacêutico assegura que os medicamentos comercializados cumpram critérios de registro, qualidade e conservação, reduzindo o risco de falsificações ou adulterações.
  • Atenção farmacêutica e monitoramento: ao dispensar o medicamento, ele orienta sobre riscos, modo de uso e sinais de alerta, evitando que o paciente utilize o produto sem compreensão dos perigos.
  • Triagem clínica: usuários que buscam emagrecimento rápido podem ter comorbidades que contraindicam o uso. O farmacêutico identifica essas situações e encaminha ao médico quando necessário.
  • Educação sanitária: diante da mercantilização do emagrecimento, o farmacêutico cumpre função essencial ao explicar que perda de peso não é fórmula milagrosa e exige avaliação séria.

O alerta da saúde pública e o vazio na prática

Secretarias estaduais já registraram aumento de complicações relacionadas ao uso irregular das canetas, incluindo refluxo severo, úlceras, hemorragias e danos gastrointestinais. A circulação de produtos sem controle de temperatura ou sem comprovação de origem aumenta ainda mais os riscos.

Para muitos usuários, a pressão estética fala mais alto do que a responsabilidade sanitária. Para o farmacêutico, isso cria um posicionamento ético: entre orientar, negar a venda irregular e lidar com uma demanda crescente por resultados rápidos.

Caminhos para fortalecer o papel do farmacêutico

  1. Rastreabilidade e fiscalização rigorosa.
  2. Integração real com equipes multidisciplinares no tratamento do peso.
  3. Campanhas de educação pública sobre riscos e boas práticas.
  4. Empoderamento profissional para recusa de dispensações irregularidades e registros de eventos adversos.
  5. Debate regulatório contínuo, acompanhando tendências de mercado e consumo.

O uso indiscriminado dessas canetas evidencia lacunas regulatórias e uma cultura que prioriza soluções rápidas. No centro dessa discussão permanece o farmacêutico, que tenta equilibrar ética, técnica e cuidado em um ambiente marcado por desinformação, pressões sociais e riscos reais para a saúde pública.

Capacitação farmacêutica

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