O cantor e compositor mineiro Lô Borges, ícone do movimento Clube da Esquina, foi internado em Belo Horizonte, em 17 de outubro de 2025, após sofrer um quadro de intoxicação por medicamentos. O artista, de 73 anos, deu entrada no Hospital Unimed – unidade Contorno, e segue no Centro de Terapia Intensiva (CTI), em condição grave, porém estável, sob monitoramento. A internação reacende o debate sobre a necessidade de acompanhamento rigoroso quando há uso de fármacos de controle especial.
O cantor precisa de ventilação mecânica e passou por uma traqueostomia no último sábado (25). Segundo o irmão Yê Borges, exames estão em curso para determinar o diagnóstico preciso, considerando histórico de alergias a medicamentos e alimentos. O hospital também não divulgou os resultados do cantor, seguindo as normas de sigilo médico e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Carreira, legado e vulnerabilidade
Lô Borges começou cedo na música. Como cofundador do Clube da Esquina em Belo Horizonte, ajudou a criar um dos mais influentes movimentos da música popular brasileira. Sucessos como “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”, “O Trem Azul” e “Paisagem da Janela” marcaram gerações. Mais recentemente, em 2024, lançou o álbum Tobogã, demonstrando vitalidade artística aos 73 anos.
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No entanto, fragilidades humanas como alergias medicamentosas, exaustão por turnês e rotina de gravações voltaram-se em notícia quando o cantor precisou de atendimento urgente para intoxicação medicamentosa. A combinação dessas pressões com uso de fármacos realça o risco para artistas que mantêm atividade intensa mesmo em idade avançada.
O episódio da intoxicação e o alerta
Na madrugada da internação, Lô Borges passou mal em casa e foi encaminhado ao hospital. A intoxicação por medicamentos motivou o controle intenso da internação, com exames para estimativa da dose, substâncias envolvidas e suporte clínico. A família informou que o quadro apresentou melhora, mas manteve-se cautelosa quanto à alta, uma vez que a investigação médica permanece.
Pela idade, pelo histórico de saúde e pela complexidade do caso, o acontecimento serve como alerta para uso prolongado ou combinado de medicamentos, sobretudo em pacientes com múltiplas presenças ou justificativas clínicas. Mesmo em perfis saudáveis ou ativos, o consumo farmacológico requer atenção redobrada.
O papel essencial do farmacêutico clínico
O caso de Lô Borges ilustra por que o farmacêutico clínico tem papel estratégico na cadeia de cuidado quando há medicamentos de controle especial em uso. Esse profissional deve monitorar as prescrições, especialmente em pacientes com condição crônica, idoso ou com histórico de alergias, revisar eventuais interações, orientar sobre sinais de intoxicação e acompanhar o tratamento de desmame ou ajuste.
Além disso, o farmacêutico atua na educação do paciente quanto à adesão, tempo de uso seguro e possíveis efeitos adversos, colaborando com médicos e enfermeiros para evitar que o tratamento legitime a dependência ou o uso inseguro. Em um cenário como o do músico mineiro, sua intervenção pode ser decisiva para resguardar a saúde sem comprometer a terapia.
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