Vírus similar ao Ebola causa primeira morte na África Ocidental

Vírus similar ao Ebola causa primeira morte na África Ocidental

Foi confirmada ontem (9/8) pelas autoridades da República da Guiné a primeira morte em decorrência da doença provocada pelo vírus Marburg, que pertence à mesma família do Ebola, revelou O Globo. Trata-se de uma febre hemorrágica que apresenta elevada taxa de mortalidade.

Segundo os cientistas, assim como o Ebola, o vírus Marburg é capaz de matar com rapidez ou deixar os infectados com severas sequelas. Esta é a primeira vez que a doença foi identificada tanto na Guiné quanto na África Ocidental. No entanto, surtos já foram registrados em países como Angola, República Democrática do Congo, Quênia, África do Sul e Uganda.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o paciente infectado vivia na mesma região onde houve um surto de Ebola no começo deste ano e que resultou em 12 mortes. O caso na Guiné foi identificado na semana passada e o paciente chegou a receber tratamento em um hospital de Gueckedou, município situado no sul do país, mas não resistiu e morreu, conforme revelou a agência Reuters.

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Ainda de acordo com a OMS, uma equipe de investigação médica foi enviada à Gueckedou para verificar o agravamento dos sintomas do paciente. E outros dez especialistas – incluindo epidemiologistas e antropólogos – estão no local para ajudar na investigação do caso e apoiar as autoridades nacionais de saúde na resposta de emergência.

“Aplaudimos o estado de alerta e a rápida ação investigativa dos profissionais de saúde da Guiné. O potencial para o vírus Marburg se espalhar por toda a parte significa que precisamos detê-lo em seu caminho”, afirmou o diretor regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti.

Morcegos levam os vírus

A doença de Marburg foi detectada pela primeira vez em 1967, depois de surtos simultâneos em Marburg e Frankfurt, na Alemanha, e em Belgrado, na Sérvia. Transmitido por morcego, o vírus se espalha rapidamente entre os humanos. A transmissão ocorre pelo contato direto com fluidos corporais de pessoas, superfícies e materiais contaminados.

Uma vez infectado, o paciente começa abruptamente a sentir febre alta, dor de cabeça e mal-estar. Na maioria das vítimas, os sinais de hemorragia aparecem dentro de sete dias. As taxas de letalidade variaram de 24% a 88% em surtos anteriores, dependendo da cepa do vírus e do manejo do caso. A taxa média de mortalidade é de cerca de 50%.

Assim como ocorre com o Marburg, o vírus Ebola tem como hospedeiros naturais os morcegos frutívoros. Sua taxa de fatalidade também é parecida: varia entre 25 e 90%, dependendo da cepa. Ebola surgiu pela primeira vez em 1976, em surtos simultâneos em Nzara, no Sudão, e em Yambuku, na República Democrática do Congo, em uma região situada próximo do Rio Ebola, que dá nome à doença.

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Estima-se que, até janeiro de 2013, tenham ocorrido mais de 1.800 casos de Ebola diagnosticados, com quase 1.300 mortes registradas. No início, o Ebola foi associado a um surto de 318 casos de uma doença hemorrágica no Zaire, hoje conhecido como a República Democrática do Congo, em 1976. Desses casos, 280 pessoas morreram rapidamente.

Naquele mesmo ano, outras 284 pessoas também foram infectadas com o vírus no Sudão e 156 morreram. Há cinco espécies do vírus Ebola conhecidas cientificamente: Bundibugyo, Costa do Marfim, Reston, Sudão e Zaire, nomes dados a partir dos seus locais de origem. Dessas cinco cepas, quatro causaram a doença em humanos. No caso do vírus Reston, existe a possibilidade da infecção em humanos, mas nenhuma enfermidade ou morte foi relatada.

Para o farmacêutico e professor da pós-graduação em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Rafael Poloni, é importante que as autoridades em saúde em todo o planeta fiquem sempre em alerta quando se trata de agentes virais.

“A pandemia do novo coronavírus está sendo um aprendizado para todos. As autoridades em saúde precisam estar antenadas nas notícias e alertar especialistas do mundo inteiro em relação aos temas que impactam a saúde da população”, destacou Poloni, em entrevista exclusiva à equipe de jornalismo do ICTQ.

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