Estudo realizado pela Universidade de Roma, na Itália, sugere que homens que foram infectados pelo novo coronavírus (Covid-19) têm três vezes mais chances de desenvolver disfunção erétil.
Publicada pela revista Andrology, a pesquisa apresenta um levantamento realizado com 100 homens na capital italiana, com idade média de 33 anos, em que os entrevistados falam sobre problemas sexuais. Nesse sentido, aqueles que tiveram Covid-19 revelam maior incidência de disfunção erétil.
Segundo os cientistas, entre os entrevistados, apenas 9% daqueles que tiveram Covid-19 relatam que não tiveram dificuldades relacionadas à performance sexual, enquanto 28% dos que foram infectados pelo vírus confirmaram problemas com ereção.
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Ainda de acordo com os pesquisadores, um dos possíveis danos do coronavírus é causar uma inflamação no endotélio (revestimento interno dos vasos sanguíneos) por todo o corpo. Como as artérias que irrigam os órgãos genitais são pequenas e estreitas, qualquer inflamação pode, consequentemente, interromper o fluxo sanguíneo e, sendo assim, influenciar na resposta sexual do organismo masculino, inibindo a ereção.
Por que surgem tantas sequelas?
Segundo o farmacêutico e professor da pós de Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica do ICTQ - Instituo de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Rafael Poloni, esse surgimento constante de estudos que indicam novos danos relacionados à Covid-19 se deve ao fato de que o novo coronavírus é ainda um mistério em todos os aspectos, inclusive em relação às sequelas.
“[As sequelas] estão sendo descobertas aos poucos, haja vista que é uma infecção nova, com comorbidades associadas na maioria das vezes. Ao farmacêutico cabe informar às autoridades competentes essas possíveis sequelas da infecção da Covid-19, identificadas em seus pacientes, bem como estar sempre atento às bases de divulgação de estudos científicos, para que as informações possam ser passadas, aos pacientes e à população em geral, de modo fidedigno”, destacou ele, em entrevista à equipe de jornalismo do ICTQ.
Poloni ainda ressalta: "Ainda há necessidade de se confirmar a associação do novo coronavírus com a disfunção erétil, entretanto, esse é mais um motivo para que reforcem o uso de medidas protetivas contra esse vírus", indica.
Vale lembrar que a opinião do farmacêutico vem ao encontro da ideia dos próprios cientistas ao divulgarem os dados do levantamento, pois, as informações foram publicadas como uma forma de conscientizar os homens sobre a importância do uso de máscara e de medidas protetivas, segundo matéria publicada no portal Catraca Livre.
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