Farmácias móveis garantem atendimento a pacientes crônicos durante a pandemia

Farmácias móveis garantem atendimento a pacientes crônicos durante a pandemia

Um projeto que se espalhou por vários municípios brasileiros, as farmácias ambulantes ou móveis, têm levado medicamentos até as pessoas, iniciativa particularmente importante para pacientes crônicos e idosos em tempos de pandemia, quando ficar em casa é fundamental para se proteger do vírus, conforme revela informativo do Conselho Federal de Farmácia (CFF).

A iniciativa tem ocorrido em municípios como Rio Branco, capital do Acre, Pedro Leopoldo e comunidades próximas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), e em várias outras cidades. Nessas localidades, sob a coordenação de farmacêuticos, os medicamentos estão indo até os pacientes, em unidades móveis de farmácia montadas especialmente para esse fim.

O projeto é inspirado em iniciativas que existem no País há cinco anos, como o programa Farmácia Mais Perto, implantado pela Prefeitura de Passo Fundo (RS), que entre 2014 e 2019 realizou em torno de 90 mil atendimentos. Junto com os medicamentos, os farmacêuticos levam também orientações sobre cuidados à saúde, prevenção da Covid-19 e uso seguro dos medicamentos.

Em Rio Branco, a proposta começou antes da pandemia do novo coronavírus. Desde o segundo semestre de 2019, a Secretaria Municipal da Saúde mantém em funcionamento o programa Medicamento em Casa, que prioriza os cidadãos com dificuldade de locomoção, como acamados, cadeirantes, idosos, portadores de doença de Parkinson, osteoporose e doença renal crônica.

A iniciativa no Acre contempla a dispensação dos medicamentos básicos, mediante cadastro prévio e receituário médico. Durante a pandemia foram entregues também álcool em gel e máscaras de tecido. As visitas são mensais, em um veículo adaptado. Seis profissionais da saúde fazem parte da equipe. Já são 500 pacientes e mais de 4 mil atendimentos, segundo os organizadores.

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“O intuito é garantir o acesso e manter o atendimento”, explica a farmacêutica Luana Esteves, coordenadora do projeto e mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Estado do Acre. Entre os beneficiados estão pacientes com diabetes, que recebem orientações sobre a autoaplicação e o descarte correto de agulhas e outros materiais.

“Uma das características do programa é a utilização do sistema de informação G-MUS, que permite o cadastramento dos pacientes, controle de estoque e distribuição dos insumos de forma individualizada”, comenta a farmacêutica. O modelo de atendimento tem possibilitado a ampliação do acesso. “Durante a pandemia o número de cadastros dobrou – no início eram 250”, comemora Luana.

De acordo com o conselheiro federal de farmácia do Acre, Romeu Barbosa Neto, o resultado do programa em Rio Branco reflete o trabalho incansável dos farmacêuticos acreanos e de outras regiões do país. “Prestigio os farmacêuticos pelas iniciativas inovadoras capazes de garantir a segurança e proporcionar qualidade de vida dos pacientes. Também reconheço o esforço da gestão do município em priorizar a facilidade no acesso aos medicamentos por meio da aproximação do farmacêutico com a população mais necessitada da Atenção Básica à Saúde”, resume.

Na mineira Pedro Leopoldo, o programa Farmácia no seu Bairro, lançado em agosto, também resultou no incremento no acesso. “Muitos pacientes não pegavam seus medicamentos ou porque levavam até cinco horas nas viagens de ônibus até a unidade de saúde ou porque não tinham recursos para essas passagens. Agora passaram a retirá-los, pois a entrega ocorre em pontos a cinco minutos de suas casas. Calculamos um aporte em torno de 10% a 15% para uma média de 6 milhões de medicamentos dispensados anualmente”, esclarece o secretário municipal da Saúde, Fabrício Simões, idealizador do projeto. Ele teve a ideia após participar de um congresso do Conselho Nacional de Secretarias Municipais da Saúde, em Belém (PA), onde houve debate sobre o tema.

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A distribuição dos medicamentos começou no auge da pandemia, para evitar a exposição das pessoas ao novo coronavírus. Ela é feita em visitas que se repetem a cada duas semanas, utilizando um veículo adaptado, com espaço para a separação de medicamentos, geladeira e ar condicionado, para manter a temperatura adequada à conservação dos produtos.

Sempre que necessário, os farmacêuticos também prestam atendimento clínico, pois a farmácia móvel dispõe de cadeiras, mesa e toldo para atender aos pacientes. “Utilizamos equipamentos de proteção individual (EPIs) e a dispensação segue as normativas do Conselho Regional de Farmácia e da vigilância sanitária local”, explica a farmacêutica Deborah Araújo Miranda, coordenadora do projeto em Pedro Leopoldo.

Para poder solidificar o programa nos bairros contemplados, foi necessária a ajuda dos agentes de saúde, além da divulgação nas redes sociais. A iniciativa funciona vinculada às Unidades Básicas de Saúde (UBS). “O acesso à prescrição dos medicamentos precisa estar alinhado com o cronograma das visitas da farmácia móvel”, explica Fabrício Simões, ressaltando o ganho assistencial com a presença do farmacêutico dentro das unidades de saúde. “Sou enfermeiro de formação e um grande admirador dos farmacêuticos. Principalmente no Sistema Único de Saúde (SUS), são profissionais extremamente importantes”, comenta o secretário.

Segundo o conselheiro federal de farmácia Gerson Pianetti, os programas causam grande impacto na segurança dos pacientes, pois reduzem a circulação de pessoas no transporte público e nas dependências das farmácias municipais. “É muito gratificante acompanhar o trabalho dos gestores e dos farmacêuticos na condução da Atenção Primária à Saúde, fazendo o usuário ter acesso fácil aos cuidados com a saúde”, salienta.

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