Medicamento pode revolucionar tratamento da doença de Parkinson

Medicamento pode revolucionar tratamento da doença de Parkinson

Um novo medicamento em fase experimental pode vir a atrasar ou mesmo reverter a doença de Parkinson. Isso é o que promete o laboratório português Bial, que está investindo € 110 milhões (R$ 724 milhões) em um centro de excelência de inovação dedicado à doença nos Estados Unidos.

Ao criar uma filial na América do Norte para desenvolvimento de terapias para a doença de Parkinson, a Bial comprou projetos de pesquisa na área da startup biotecnológica norte-americana Lysosomal Therapeutics.

Segundo o presidente executivo do laboratório, Antonio Portela, a nova Bial Biotech Investments será “um centro de excelência de inovação dedicado à doença de Parkinson”, focado no desenvolvimento de terapias para mutações genéticas associadas a essa patologia neurodegenerativa, conforme revelou o jornal português Observador.

Um dos medicamentos experimentais adquiridos (conhecido pelo código BIA 28-6156/LTI-291), que está em fase avançada de desenvolvimento, apresenta um mecanismo de ação inovador e tem potencial para ser o primeiro fármaco modificador da doença de Parkinson, conforme o presidente da Bial. Completou a fase I de ensaios clínicos e deverá entrar em fase II em 2021.

O BIA 28-6156/LTI-291 é uma molécula dirigida a doentes de Parkinson que apresentam uma mutação no gene GBA-1, uma variante genética encontrada em 10% a 15% da população com esta doença neurodegenerativa e que está associada a um desenvolvimento mais precoce e uma progressão mais rápida da doença.

Segundo Portela, o composto ataca a raiz do problema. “Os medicamentos que existem hoje para a doença de Parkinson tratam os sintomas da doença, mas não os seus mecanismos e, portanto, não conseguem reverter seu curso ou mesmo curá-la. O que a nossa equipe está fazendo é buscar as mutações genéticas e tratá-las, procurando alterar o curso da doença ou mesmo revertê-la”, disse o presidente executivo da Bial à SIC TV de Portugal, completando que “se tudo correr bem, o medicamento pode estar no mercado em quatro ou cinco anos”.

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Admitindo que “até hoje nunca ninguém foi capaz de fazer isso, pelo que obviamente o risco é elevadíssimo”, António Portela destacou que é muito grande a ambição da Bial em “poder ir ainda mais longe” do que já se foi na área da doença da Parkinson. O presidente da Bial salientou ainda o fato de os compostos adquiridos terem como princípio da sua pesquisa a análise genética, o que é “uma vertente nova” para a empresa portuguesa.

A Bial Biotech terá sede em Cambridge, nos arredores da cidade de Boston, considerado um hub mundial de pesquisas nas áreas da saúde e da biotecnologia. De acordo com Portela, a presença direta do laboratório nos Estados Unidos, com a criação da nova empresa e a aquisição dos “promissores compostos” desenvolvidos pela Lysosomal Therapeutics, é “um passo decisivo e um marco de enorme relevância para a empresa”.

“É uma operação muito importante para nós, por vários fatores”, continua Portela. “Pelo fato de entrarmos nos Estados Unidos, de estarmos mais perto dos nossos parceiros locais e das entidades regulamentares e de estarmos no centro nevrálgico de um dos grandes hubs em termos de investigação em biotecnologia”, sustentou, conforme o Observador.

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António Portela destacou ainda a importância de a Bial ter a sua própria equipe em território norte-americano, neste caso uma “equipe que traz uma experiência muito interessante no tratamento dessas mutações genéticas e que tem anos de trabalho na área, assim como o fato de a empresa passar a ter acesso a um conjunto de institutos e universidades que não tinha antes”.

“Isto não só nos permite reforçar o nosso pipeline em uma das nossas áreas nevrálgicas, como fortalece o nosso compromisso com a inovação, com as neurociências e, principalmente, com a comunidade associada à doença de Parkinson”, acrescentou.

A equipe de pesquisa da Bial Biotech será liderada pelo professor de neurologia da Harvard Medical School, Peter Lansbury, “uma referência no âmbito da doença de Parkinson geneticamente determinada”, segundo Portela, que era até então responsável pela P&D da Lysosomal Therapeutics.

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