O Papa Francisco recebeu membros da Fundação Banco Farmacêutico, no Vaticano, e analisou a atual situação de emergência social provocada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). No encontro, que aconteceu no sábado (19/09), o pontífice criticou e denunciou o que ele definiu como “marginalidade farmacêutica”, pois, algumas pessoas não têm acesso a determinados medicamentos devido à pobreza.
“Isso cria um ulterior abismo entre as nações e os povos. No plano ético, existe a possibilidade de curar uma doença com um medicamento, isto deveria estar disponível a todos, do contrário se cria injustiça”, afirmou o religioso, segundo matéria publicada no portal Vaticano News.
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Ele continuou: “Conhecemos o perigo da globalização da indiferença; eu lhes proponho, ao invés [disso], a globalização do tratamento, da possibilidade de acesso àqueles medicamentos que poderiam salvar tantas vidas para todas as populações. Isso requer um esforço comum, uma convergência que envolva a todos", completou.
Neste momento, Francisco fez um apelo aos pesquisadores, farmácias, farmacêuticos e aos governantes, pois, segundo ele, cada um desses profissionais ou estabelecimentos de saúde pode ajudar para que o tratamento seja mais acessível à população mais carente.
“A recente experiência da pandemia, além da grande emergência de saúde em que já morreram quase um milhão de pessoas, está se transformando numa grave crise econômica, que gera mais pobres e famílias que não sabem como ir avante”, afirmou o líder católico.
Acesso à vacina
Ainda durante seu pronunciamento, o papa pediu uma união ao combate ao que ele chamou de "pobreza farmacêutica", principalmente, para que todos consigam ter acesso à vacina.
“Repito que seria triste se, ao fornecer a vacina, fosse dada prioridade aos mais ricos, ou se essa vacina se tornasse propriedade desta ou daquela nação, se não fosse mais para todos. Deverá ser universal, para todos”, recomendou.
Por fim, Francisco agradeceu e citou como exemplo as iniciativas da Fundação Banco Farmacêutico: "Exemplo importante de como a generosidade e o compartilhamento dos bens podem melhorar a nossa sociedade e testemunhar aquele amor na proximidade que nos é pedido pelo evangelho”, encerrou.
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