Cientistas do laboratório da UNC School of Medicine (Faculdade de Medicina da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos) registraram imagens microscópicas de alta qualidade para ilustrar como o novo coronavírus (Covid-19) atua no momento da invasão às células humanas responsáveis pelo revestimento do sistema respiratório.
De acordo com os pesquisadores, as imagens (foto) foram produzidas para mostrar como é intensa a infecção pelo novo vírus, pois, mesmo sem conseguir quantificar, são milhares de coronavírus que disputam o controle do organismo durante a invasão no corpo humano.
Captura das imagens
Segundo a professora do Instituto Marsico Lung da Escola de Medicina da Universidade da Carolina do Norte, Camille Ehre, para conseguir efetuar a captura do momento da infecção algumas amostras de células das vias aéreas humanas foram contaminadas, de maneira proposital, com o coronavírus em placas de laboratório. Quatro dias após essa ação, as imagens dessas células infectadas foram clicadas.
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A captura das imagens foi realizada por meio de um microscópio eletrônico de varredura, que funciona com um feixe de elétrons focalizado. Houve também uma segunda etapa para realização do trabalho, em que as fotografias, originalmente em preto e branco, tiveram que ser coloridas com o auxílio de um estudante de medicina da universidade, Cameron Morrison.
As imagens
As imagens revelam de que maneira o novo vírus se concentra sendo produzido no epitélio do tecido de revestimento das vias áreas. Nessa área, estão concentradas as células epiteliais do sistema respiratório dos seres humanos.
O registro mostra os filamentos de muco (parte esverdeada, que aparece na imagem, em formato de rede). Preso ao muco estão as pontas dos cílios (imagem em azul), que são como fios na superfície das células epiteliais.
Os cílios que podem transportar o muco e, consequentemente, o coronavírus até o pulmão da pessoa contaminada, aumentando o poder da infecção.
Ainda na imagem, os coronavírus são semelhantes a pequenas esferas (imagem na cor vermelha), pois, aparecem em sua forma final, os vírions, isso significa que eles estão prontos para proliferar novas infecções.
Já o clique ampliado revela as estruturas pontiagudas nessas esferas, denominadas como as proteínas S, responsáveis por formar os spikes (espinhos). Por meio delas, que o vírus consegue infectar as células humanas.
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