O Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, em sigla original) revelou, nesta quinta-feira (10/09), que irá enviar até 100 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus (Covid-19), intitulada Sputnik V, para América Latina. A informação foi divulgada por meio do diretor-geral da pasta, Kirill Dmitriev, que ainda disse que 50 milhões de unidades do antígeno serão destinadas ao Brasil.
"Nós já fechamos acordo com o estado do Paraná, e amanhã (11/09) anunciaremos o acordo com mais um Estado. Eles vão comprar 50 milhões de doses da vacina, e para nós é uma parceria importante", declarou Dmitriev, em matéria publicada no portal Brasil 247.
Nesse sentido, o governo da Bahia confirmou a parceria com a Rússia para testar a vacina contra a Covid-19, com previsão de produção de 50 milhões de doses, segundo o G1.
No entanto, vale ressaltar que, neste mês (setembro), o Paraná já havia confirmado o começo dos testes com a substância imunizante russa em, ao menos, 10 mil voluntários a partir de outubro 2020. O acordo com a RFPI engloba, além da fase 3 dos estudos clínicos, a fabricação e a distribuição da vacina em território nacional.
Ainda em relação à Bahia, a expectativa é de que as doses do antígeno russo comecem a ser distribuídas em novembro deste ano, desde que haja aprovação por meio dos órgãos reguladores no Brasil, segundo G1.
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Com isso, a Bahia se tornou o segundo Estado em território nacional a firmar um acordo com o governo russo para produção da Sputnik V. Essa parceria estabelece que todas as informações científicas da vacina sejam repassadas para a Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico (Bahiafarma).
Em tese, por hora, essa iniciativa significa apenas que houve um avanço nas negociações entre o governo russo e o Estado brasileiro, que passou a ter acesso à tecnologia de desenvolvimento do antígeno.
Nesse sentido, o governador da Bahia, Rui Costa, destacou que o próximo passo envolve a Bahiafarma, que decidirá se vai dar seguimento ao projeto. Por isso, primeiramente, o protocolo do governo russo será analisado por algumas autoridades nacionais, como: o comitê de ética do Instituto Couto Maia, o Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conepe) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Se todas as instituições aprovarem o protocolo, o governo baiano pretende iniciar o estudo com a vacina russa em outubro de 2020. O projeto é realizar os testes clínicos com 500 voluntários.
Resultados positivos
Um detalhe importante sobre o antígeno russo é que um estudo, divulgado na sexta-feira (04/09), publicado na revista científica The Lancet, uma das mais renomados em todo o mundo, apresentou resultados positivos sobre a vacina russa. A publicação divulgou que o imunizante não apresentou efeitos colaterais e induziu resposta imune.
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