Estudo online identificou que a pandemia tem impactado a vida de pessoas que vivem com diabetes. Na pesquisa, foi constatado que em 59,4% dos entrevistados apresentaram variação na glicemia e 38,4% adiaram ou cancelaram suas consultas médicas. A inciativa foi coordenada pelo vice-presidente da International Diabetes Fedaration (IDF), Mark Ugliara Barone, que também integra o Departamento de Educação da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
“O distanciamento social ou físico era esperado para que essas pessoas estivessem protegidas. Ao mesmo tempo, não se sabia quais impactos isso teria sobre a rotina e os comportamentos dessas pessoas, o que acabou levando à piora da glicemia de boa parte dessa população. Como se sabe, o aumento dos níveis ou da variabilidade da glicemia levam esses indivíduos a um grupo de risco ainda muito mais elevado para gravidade da Covid-19, caso sejam infectados”, destacou o pesquisador, em matéria publicada por meio da Agência Brasil.
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Nesse sentido, Barone dá uma dica que pode ser muito útil aos profissionais de saúde, inclusive, aos farmacêuticos. “Neste momento, essas pessoas deveriam ser orientadas e ter suas terapias ajustadas à nova rotina por profissionais de saúde”, aconselha.
Terapia
Barone destaca ainda outro ponto da pesquisa que chamou sua atenção, pois, 79% dos entrevistados não receberam seus medicamentos e insumos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o período de 90 dias. “[Essa seria a] principal medida para proteger essa população para evitar saídas mensais de casa para retirar medicamentos e se expor ao risco de contágio no transporte, em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou farmácias públicas”. Ainda de acordo com o levantamento, 5,8% dos pacientes deixaram de retirar seus fármacos para autocuidados.
Entre os entrevistados na pesquisa, 61,2% disseram que utilizam o SUS (de maneira exclusivo ou parcialmente) para a passar em consultas ou fazer uso de outros serviços. No período da pesquisa, 78,6% das pessoas deixaram de ir ao médico regularmente para consulta, sendo que 38,4% adiaram a vista ao consultório e 40,2% nem mesmo agendaram o procedimento em meio à pandemia.
Tratamento e medidas
A análise também investigou como os pacientes estão fazendo para dar continuidade ao tratamento. A pesquisa revelou que 64,5% tiveram acesso aos medicamentos e suprimentos por meio do SUS; 49,9% precisaram sair de casa para pegar substâncias e 44,3% pediram para amigos ou familiares que se disponibilizaram a realizar essa ação. Já usuários do sistema privado de saúde contaram que efetuam suas compras de produtos por meio de entrega em domicílio ou possuem estoques de medicamentos e suprimentos médicos para sua aplicação ou para aferição glicêmica, ato que pode ser perigoso, pois, é possível ser configurado em automedicação.
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