Até dezembro de 2020, o Ministério da Saúde (MS) espera começar a vacinar a população brasileira contra o novo coronavírus (Covid-19). Segundo o farmacêutico e secretário de vigilância em saúde da pasta, Arnaldo Correia de Medeiros (foto), caso a eficácia do antígeno desenvolvido pela Universidade de Oxford seja confirmada, mais de 15 milhões de pessoas poderão ser imunizadas em território nacional, no último mês deste ano.
“Fechamos um acordo para o envio de 100 milhões de doses da vacina em três lotes. O número se baseia na campanha de vacinação contra a influenza no Brasil. O primeiro lote deve chegar na primeira quinzena de dezembro, com 15,2 milhões de doses, e o segundo terá o mesmo número de aplicações e chega entre dezembro e janeiro. O terceiro lote, de 70 milhões de doses, chega entre março e abril de 2021. Se todos os estudos derem certo, nós iremos iniciar a campanha de vacinação em dezembro de 2020", relevou ele, em entrevista à CNN.
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Vale lembrar que essa vacina está sendo desenvolvida por meio de uma parceria com a indústria farmacêutica AstraZeneca.
Quanto ao número de pessoas que poderão ser imunizadas em dezembro deste ano, Medeiros destacou que há boas perspectivas: "A gente espera que sim, esse é o nosso sonho. Estamos trabalhando, arduamente, para isso", pontuou.
Grupos prioritários
Segundo o farmacêutico, as primeiras pessoas que poderão receber a potencial vacina serão idosos, pessoas com comorbidades e profissionais de saúde, que atuam na linha de frente no combate ao vírus. Medeiros ainda destacou que o MS já está se mobilizando para montar equipes estratégicas para aplicação do antígeno, sem criar tumulto. “A Secretaria de Vigilância em Saúde cuidará do sistema nacional de imunização. Nossa capacidade de aplicar vacinas é de longa data, somos eficientes para aplicar no País inteiro de forma rápida”, lembrou.
Por fim, o farmacêutico ressalta que há um acordo do Governo brasileiro com a Universidade de Oxford e a AstraZeneca, para que assim que a eficácia da vacina for comprovada, o antígeno possa ser produzido pelo laboratório Bio Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
“Nessa encomenda com a Oxford e a AstraZeneca, o Governo brasileiro assumiu o compromisso de transferência de tecnologia para termos autonomia de produção da vacina, que será produzida no laboratório de Bio Manguinhos", encerrou.
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