Enquanto muitas pessoas em todo o mundo aguardam, ansiosamente, a descoberta de uma substância imunizante eficaz contra o coronavírus (Covid-19), o famoso rapper americano, Kanye West, (foto), fez declarações polêmicas sobre como ele enxerga uma possível vacina contra o novo vírus. Em entrevista à revista Forbes, o cantor comparou o antígeno à marca da besta.
Ao afirmar que foi infectado pelo vírus em fevereiro de 2020, West declarou que está "extremamente cauteloso" em relação a uma vacina para imunização da doença. Nesse sentido, o cantor afirmou: "Eles querem colocar chips dentro da gente, querem fazer todo tipo de coisa, para fazer com que não possamos atravessar os portões do céu", disse o marido de Kim Kardashian.
Ele completou: "Nós rezamos. Oramos pela liberdade. É tudo sobre Deus. Precisamos parar de fazer coisas que enlouquecem a Deus. Então, quando eles dizem que a maneira de curar a Covid-19 é com uma vacina, sou extremamente cauteloso. Essa é a marca da besta", profetizou o rapper.
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Não é a primeira vez que o cantor levanta polêmicas sobre teorias da conspiração, inclusive, ao falar da ideia de chips implantados, possivelmente, West fez referência a uma fake news que foi espalhada sobre o fundador da Microsoft, Bill Gates, em que boatos afirmavam que o CEO seria responsável pela paralisia de 500 mil crianças na Índia, após testar um antígeno contra a poliomielite. "Muitas de nossas crianças estão sendo vacinadas e paralisadas", declarou o rapper, que, recentemente, disse que pretende se candidatar à presidência dos Estados Unidos.
Descrença em vacina
Vale ressaltar que, infelizmente, West não é o único americano que não acredita em vacinas. Recentemente, uma pesquisa realizada pela consultoria americana Gallup Poll apresentou dados alarmantes sobre a importância desses antígenos nos Estados Unidos.
Segundo o levantamento, na última década, quase metade da população (46%) não tem certeza sobre os benefícios que a vacinação traz à saúde. Além disso, essa mesma porcentagem de pessoas tem dúvidas se a medida preventiva pode ocasionar o autismo em crianças. Apenas 10% afirmam ter certeza de que a vacinação não gera esse transtorno do sistema nervoso.
Vale ressaltar que o maior estudo sobre o tema, que relaciona possíveis ligações entre vacinas e o autismo, já desmentiu essa tese há muito tempo. Realizada na Dinamarca, uma pesquisa feita com mais de seis mil crianças, publicada no jornal Annals of Internal Medicine, constatou que não existe relação entre a vacinação e o transtorno.
Voltando à pesquisa americana, para chegar aos resultados, mais de mil adultos foram entrevistados por telefone naquele país. Entre algumas perguntas, os pesquisadores questionaram: “Quão importante são os pais vacinarem seus filhos: extremamente importante; muito importante; relativamente importante; pouco importante ou nem um pouco importante?”.
Os dados mostraram que apenas 84% das pessoas concordam que a vacinação infantil é extremamente importante ou muito importante. Se comparado com o mesmo levantamento realizado em 2001, esse percentual era de 94%. Ou seja, nos últimos dez anos caiu 10 pontos percentuais o número dos americanos que realmente acreditam na importância das vacinas.
Já comparando os números com uma pesquisa realizada em 2015, quando 85% das pessoas que têm filhos menores de 18 anos disseram que as vacinas são cruciais para a saúde, apenas 77% deram o mesmo grau de importância à medida preventiva em 2019.
Outro fator alarmante é que a negativa em relação à vacinação não se trata de falta de orientação sobre o assunto, pois, 90% das pessoas disseram ter ouvido ‘muita coisa’ ou uma ‘quantidade razoável’ de informações sobre as vacinas. Entretanto, 79% citaram possíveis desvantagens sobre se vacinar.
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