O Governo do Estado de São Paulo definiu as instituições que serão responsáveis pela realização dos testes de fase 3 da vacina contra o novo coronavírus (Covid-19). O antígeno, que recebeu o nome de Coronavac, foi desenvolvido por meio de uma parceria entre o Instituto Butantan e a empresa farmacêutica chinesa Sinovac. Segundo informação divulgada pela EBC, a pesquisa clínica começa ainda na primeira quinzena de julho de 2020.
Ao todo, nove mil voluntários receberão a substância imunizante. A iniciativa envolverá centros de pesquisas de seis Estados em território nacional: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Brasília.
Em São Paulo, a pesquisa clínica de fase 3 será coordenada pelo Instituto Butantan. Já os testes vão ser administrados por três instituições: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Hospital Israelita Albert Einstein.
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De acordo com o Governo estadual, em São Paulo, a iniciativa também envolverá a Universidade Municipal de São Caetano do Sul, o Hospital das Clínicas da Unicamp em Campinas (SP), a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e o Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (SP).
Já nos demais Estados, outras instituições serão responsáveis pela testagem. Entre elas estão: Universidade de Brasília (UnB), Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (Rio), Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da Universidade Federal de Minas Gerais, Hospital São Lucas da PUC do Rio Grande do Sul e Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná.
Expectativas
Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, há grandes expectativas em torno dos testes: "Essa é uma vacina que já está em fase adiantada, na realidade é a segunda substância imunizante que entra em estudo clínico no mundo, e a tecnologia envolvida na vacina da Sinovac é uma tecnologia tradicional, com a qual o Butantan tem experiência", revelou ele, em recente entrevista no Palácio dos Bandeirantes.
Ainda durante a coletiva, o governador de São Paulo, João Doria, também falou da iniciativa com bastante otimismo: "Os estudos indicam que ela estará disponível no primeiro semestre de 2021, ou seja, até junho do próximo ano. E com essa vacina nós poderemos imunizar milhões de brasileiros", destacou.
Resultados
Covas ainda revelou que o cronograma para divulgação dos resultados do estudo clínico é até o final de outubro deste ano. Caso a eficácia da substância seja comprovada, a produção do agente imunizador poderá ter início no começo de 2021.
Se o teste comprovar a eficácia do antígeno, a Sinovac e o Butantan vão realizar um acordo que envolverá a transferência da tecnologia da vacina para ser produzida em escala industrial, tanto na China como no Brasil, para que seja disponibilizada, gratuitamente, no Sistema Único de Saúde (SUS).
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