O curso de graduação em Farmácia da Universidade de Fortaleza (Unifor), da Fundação Edson Queiroz, desenvolveu o Serviço de Informação sobre Medicamentos (SIM). O projeto visa fornecer informações sobre a forma correta de usar medicamentos, auxiliando desde farmacêuticos e outros profissionais de saúde, como também orienta à população.
O sistema, que é aberto à comunidade, conta com o apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo a coordenadora do curso de Farmácia da Unifor, Caroline Mourão, (foto), a iniciativa nasceu da necessidade que usuários manifestaram em obter informações fidedignas, sobretudo em meio ao cenário de isolamento social, ocasionado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
“Considerando que ainda estamos em isolamento social, no qual os usuários muitas vezes não conseguem ter acesso aos serviços de saúde ou uma fonte confiável para esclarecimento de suas dúvidas, o SIM emerge como importante aliado no cuidado à saúde", contou Caroline, em entrevista ao G1.
Como funciona?
Por meio do serviço, os usuários têm acesso às informações técnico-científicas sobre fármacos, itens de farmacoterapêutica e produtos para saúde, que sejam voltados para prevenção com caráter educativo. Além disso, é possível tirar dúvidas sobre os temas relacionados.
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No sistema, o internauta também consegue acessar materiais que foram elaborados a partir de pesquisas, como boletins, notas técnicas e pareceres técnicos sobre fármacos.
Amplo auxílio
Para Caroline, o SIM é uma importante plataforma que pode auxiliar nas tomadas de decisões dos profissionais de saúde, sobre a terapia medicamentosa e a manutenção de eventos adversos.
Em relação aos pacientes, o serviço proporciona informações úteis e pode ajudar na conscientização de temas importantes, como sobre os riscos da automedicação. “Além disso, o SIM será um referencial para a comunidade na busca dessas informações confiáveis”, finaliza a coordenadora da Unifor. Para acessar o serviço é necessário o uso de e-mail ou WhatsApp (veja aqui).
Automedicação
Vale destacar que iniciativas como essas são extremamente importantes no âmbito da promoção à saúde, pois, possibilitar o acesso à informação confiável pode, inclusive, salvar vidas, sobretudo, em meio ao aumento da prática de automedicação no Brasil, que apresenta muitos ricos à população.
Pesquisas realizadas pelo ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico mostram que a quantidade de pessoas que consome medicamentos sem prescrição médica ou farmacêutica aumenta a cada ano.
No primeiro ano do estudo, 2014, foi constatado que 76% da população declaravam se automedicar sem qualquer reserva. Em 2016, o índice variou para 72%. Já em 2018 cresceu para 79%, e agora, em 2020, foi observado que 81% dos brasileiros indicam consumir medicamentos por conta própria.
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