O farmacêutico alagoano, Fernando Minervo, desenvolveu um aplicativo que serve como com uma calculadora para simplificar o diagnóstico de anemia ferropriva e talassemia menor para pacientes com microcitose. De acordo com ele, a ideia surgiu em 2019, logo após submeter um manuscrito para uma revista médica.
Na ocasião, o farmacêutico pensou que poderia, então, criar uma calculadora em formato de app para facilitar o cotidiano de profissionais de saúde que trabalham para diagnosticar pacientes com anemia. "Em parceria com o analista de sistema, Adailton Pimentel Reis, submetemos o aplicativo para registro de patente na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e recebemos nossa certificação de Registro em janeiro de 2020", comemora ele, em matéria publicada no portal Gazeta Web.
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Minervo ainda explica que a iniciativa de criar o app partiu do fato de que as anemias microcíticas são muito comuns na prática clínica e laboratorial, sendo que a anemia ferropriva e talassemias menores são as que mais predominam, ou seja, a demanda de pacientes em todos os casos é alta. Ele enfatiza que, devido ao alto custo que os testes geram para confirmar o diagnóstico da doença, surgiu sua ideia de criar uma ferramenta digital que proporcionasse resultados mais rápidos com baixos custos.
"Os testes demandam muito tempo e são caros, o aplicativo faz o uso de índices discriminantes que utilizam parâmetros do eritrograma, que fornecem simplificação diagnóstica entre anemia ferropriva e talassemias menores", esclarece. Entretanto, o farmacêutico frisa que o aplicativo não realiza o diagnóstico confirmatório, ele apenas o simplifica.
O serviço, intitulado CalcSimpDiagnost, já está disponível por meio da loja virtual da playstore para o sistema Android, com o valor de R$ 14,99. "Estamos trabalhando na versão IOS para que todos os profissionais de saúde possam ter acesso a esta ferramenta", finaliza o farmacêutico
Recentes descobertas de farmacêuticos
Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) desenvolveram um exame que permite diagnosticar o Alzheimer por meio da saliva do paciente, 30 anos antes dos primeiros sintomas da doença aparecerem. O método foi descoberto por meio do projeto de doutorado do farmacêutico e professor do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Gustavo Alves.
Com exclusividade à equipe de jornalismo do ICTQ, Alves, que também é pós-dourando em anatomia e cirurgia pela USP, explicou como foi o processo de pesquisa: “Nós desenvolvemos o exame para o diagnóstico de Alzheimer no meu doutorado, entre 2012 e 2013. O teste é feito a partir da saliva, que é um elemento de fácil obtenção, sendo indolor. Por meio do teste, descobrimos duas proteínas, a tau e a beta amiloide, que estão relacionadas com ao surgimento da doença nos pacientes”, disse. Ele completa: “Com isso, nós conseguimos comprovar a viabilidade do teste de saliva como preditivo para pessoas com Alzheimer”.
Inicialmente, os testes foram realizados em 54 idosos. Em indivíduos com Alzheimer, os resultados foram positivos. Agora, em 2020, o farmacêutico e sua equipe realizarão o exame em 180 pacientes, entre eles, 60 idosos com a doença, 60 idosos sem a doença e 60 adultos (não idosos) sem a doença (leia a matéria completa aqui).
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