Segundo o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deverá receber, em breve, um pedido para liberação de uso emergencial de um spray nasal, desenvolvido por cientistas de Israel, para o tratamento de casos graves de infecção pelo novo coronavírus (Covid-19).
Por meio de uma publicação no Facebook, Bolsonaro compartilhou o print de uma publicação em que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyanu, afirma que os dois países devem cooperar para desenvolver medicamentos contra a Covid-19, mencionando na legenda da postagem a informação sobre o spray.
“EXO-CD24 é um spray nasal desenvolvido pelo Centro Médico Ichilov de Israel, com eficácia próxima de 100% (29/30), em casos graves contra a Covid”, destacou o presidente. “Brevemente será enviado à Anvisa o pedido de análise para uso emergencial do medicamento [em território nacional]”, completou.
O spray
De acordo com a cardiologista e intensivista, Ludhmila Hajjar, o spray funciona minimizando os impactos da inflamação nos pulmões. "Esse spray funciona da seguinte maneira: é como se fosse um saquinho que transporta a substância EXO-CD24. Uma vez inalada, ela vai direto ao pulmão minimizar a inflamação [causada pela Covid-19]", explicou a médica em entrevista à CNN Brasil.
Receba nossas notícias por e-mail: Cadastre aqui seu endereço eletrônico para receber nossas matérias diariamente
Nesse sentido, Ludhmila também ressaltou que uma das principais complicações do novo coronavírus é causar uma inflamação generalizada no corpo humano, que, atualmente, tem sido tratada à base de corticoides. "O corticoide diminui a inflamação, só que, em vez de ser inalado, ele é aplicado na veia do paciente internado. Ele diminui a inflamação ao minimizar o impacto do vírus no sistema imunológico", acrescentou a médica.
Spray nasal e vacinas
Entretanto, a médica explicou de maneira enfática que o spray nasal não irá substituir a necessidade da vacinação, pois, caso o uso do medicamento seja autorizado pela Anvisa, ele será usado para tratar pacientes em estado grave, não para a prevenção. "É possível que ele faça parte do arsenal de tratamento, como medicação anti-inflamatória, ou seja, para o indivíduo que já se contaminou. O ideal é que a gente não se contamine e reduza a transmissão da doença", pontua.
Participe também: Grupos de WhatsApp e Telegram para receber notícias farmacêuticas diariamente.
Obrigado por apoiar o jornalismo profissional
A missão da Agência de notícias do ICTQ é levar informação confiável e relevante para ajudar os leitores a compreender melhor o universo farmacêutico. O leitor tem acesso ilimitado às reportagens, artigos, fotos, vídeos e áudios publicados e produzidos, de forma independente, pela redação da Instituição. Sua reprodução é permitida, desde que citada a fonte. O ICTQ é o principal responsável pela especialização farmacêutica no Brasil. Muito obrigado por escolher a Instituição para se informar.