A vacina contra o novo coronavírus (Covid-19), desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, poderá ser submetida à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no próximo mês (outubro de 2020). A informação foi confirmada pelo infectologista e secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorenstein.
De acordo com ele, o antígeno tem se mostrado seguro e eficaz na última etapa dos testes clínicos. “O cronograma está sendo respeitado. Pretende-se fazer a abertura dos estudos em outubro e, com isso, esses dados serão levados para o órgão regulador, a Anvisa, para que possa fazer a chancela”, declarou ele, em entrevista à Globo News, na quinta-feira (10/09).
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Vale ressaltar que, em entrevista coletiva na quarta-feira (09/09), o presidente do Instituto Butatan, Dimas Covas, revelou que 46 milhões de doses da substância imunizante deverão ser disponibilizadas até o final deste ano para o Ministério da Saúde (MS).
Segundo ele, até o final de setembro de 2020, a previsão é de que 9 mil voluntários recebam o antígeno que está na fase 3 de testes em humanos. “Se for eficaz, registramos na Anvisa e poderemos disponibilizar a vacina à população”, disse ele.
Outro fator importante é que o governador do Estado de São Paulo, João Doria, afirmou na mesma data que a CoronaVac tem apresentado 98% de eficácia no combate ao novo vírus em idosos.
“Os testes demonstram que a vacina CoronaVac é segura e tem taxa de eficiência de 98% na imunização de idosos. Estudos da segunda fase de testagem demonstram que pessoas com mais de 60 anos, que representam um dos grupos de risco [para o novo coronavírus] receberam mais de uma dose da vacina e a resposta imune chegou a 98%”, destacou ele, em matéria divulgada pela Agência Brasil.
Doria ainda reiterou que, desde o início dos testes, os resultados estão sendo positivos. "Desde de 21 de julho 2020 [quando os testes começaram], há quase 50 dias, não temos nenhum incidente, nenhum registro de reação adversa significativa nestes quase nove mil voluntários", afirmou o governador. Ele completou: "Os prognósticos são promissores. E em breve teremos a vacina para imunizar os brasileiros de todo o País".
Cenário positivo
Caso os testes finais confirmem, de fato, a eficácia definitiva do antígeno, o Instituto Butantan poderá produzir 100 milhões de doses da CoronaVac até maio de 2020, segundo Covas. Contudo, para isso, a entidade precisará de apoio financeiro do MS.
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