As farmacopeias firmaram uma aliança global para combater a pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19). De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), essa iniciativa foi possível por meio do chamado ‘alerta de farmacopeias’, que é um mecanismo que permite discussões rápidas entre as informações técnicas para responder às necessidades urgentes de saúde pública em nível mundial.
Segundo o órgão sanitário, as ações incluem, por exemplo, “suporte a fabricantes, a reguladores e as partes interessadas em medicamentos essenciais para resposta à pandemia”. A Agência reguladora ainda destaca que “as monografias farmacopeicas contribuem para uma avaliação objetiva da qualidade dos fármacos a partir do fornecimento de métodos, critérios de aceitação e informações de apoio”.
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A Anvisa também enfatiza que outro resultado da parceria das farmacopeias mundiais, juntamente com a Organização Mundial da Saúde (OMS), foi a publicação de um painel com uma lista de medicamentos investigados para possível tratamento da Covid-19, além das monografias disponíveis em cada um dos compêndios farmacopeicos. Esse material será atualizado em medida que surjam possíveis substâncias candidatas ao tratamento do novo vírus.
Saiba mais
Farmacopeia Brasileira é o código oficial farmacêutico em território nacional. Conforme explica a Anvisa, “nele são estabelecidos os requisitos mínimos de qualidade para fármacos, insumos, drogas, vegetais, medicamentos e produtos para saúde”. Por isso, esse mecanismo tem como finalidade a promoção da saúde da população, a partir de requisitos estabelecidos para a qualidade e a segurança dos insumos farmacêuticos.
“Além de elaborar e atualizar métodos e monografias do compêndio oficial, a farmacopeia se dedica, por exemplo, à produção e à certificação de substâncias químicas de referência (SQRs) e padrões, apoio e incentivo à formação e ao aperfeiçoamento de recursos humanos na área de controle de qualidade, apoio à pesquisa científica e tecnológica e a aprovação e publicação das Denominações Comuns Brasileiras (DCBs)”, destaca a Agência em seu portal oficial.
O órgão sanitário lembra que os trabalhos de pesquisa, elaboração de monografias, ensaios laboratoriais, validação e certificação de produtos são realizados por universidades credenciadas e órgãos oficiais de controle de qualidade de medicamentos. Posteriormente, a Comissão da Farmacopeia Brasileira (CFB), nomeada pela Anvisa, homologa essas iniciativas.
“Qualquer país pode estruturar sua própria farmacopeia ou adotar a de outros países como oficial. É importante observar que a farmacopeia reflete o avanço da ciência e da tecnologia de uma nação”, pontua a Agência. A última versão da Farmacopeia Brasileira pode ser acessada por meio da Anvisa (veja aqui).
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