Atenção Farmacêutica – prescrição em doenças dermatológicas

A pele é um dos maiores órgãos do corpo humano, atingindo até 16% do peso corporal. É constituída por epiderme (porção epitelial), derme (porção conjuntiva), e anexos cutâneos (pelos, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas). Dentre suas funções incluem-se proteção, uma vez que evita perda de água e eletrólitos, bem como a entrada de micro-organismos; termorregulação; sensorial (recebe os estímulos de dor, calor, frio); excreção de substâncias; formação de vitamina D3; respostas imunológicas aos alérgenos.

Segundo a professora do ICTQ (Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para Farmacêuticos), Giovanna Dimitrov, é também na pele que podem ocorrer lesões inflamatórias, como, por exemplo, as dermatites ou eczemas e acnes: “Dessa forma, a atuação do farmacêutico é essencial para auxiliar pacientes com problemas dermatológicos, promovendo o uso racional de medicamentos e otimizando a farmacoterapia, com o propósito de melhorar a qualidade de vida deles. Para realizar a atenção farmacêutica em paciente que tenham problemas de pele é básico o conhecimento das patologias. Por exemplo, existem muitas dúvidas para identificar e diferenciar micoses e alergias”.  

Patologias que podem ser identificadas na farmácia

A professora do ICTQ explica e sinaliza que o número de patologias é grande, pois, além das patologias mais simples e comuns (relacionadas a seguir) existem as mais complexas e incomuns: “Um dos exemplos de patologias incomuns é a anetodermia de Jadassohn, que é a atrofia maculosa idiopática que é precedida de lesões eritematosas inflamatórias ou urticarianas. Inicia-se por pequena mancha lenticular papulosa, máculas eritematosas ou pápulas sifiloides que, no intervalo de poucas semanas, espalham-se na periferia”.

A observação da patologia deve ser feita por meio de lupa com luz e um questionário deve ser preenchido com as informações do tipo: dados pessoais do cliente, histórico da patologia, medicamentos já utilizados e orientações. É recomendado ainda, ter um protocolo para cada tipo de patologia para facilitar o atendimento. As patologias básicas mais comuns e conhecidas, são:

1. Acne: afecção sebácea que parece resultar de um conjunto de fatores (hormonais, psíquicos, infecciosos, metabólicos e predisposição familiar). A afecção é, talvez, agravada por distúrbios gastrointestinais, infecções focais, certos alimentos (chocolates, carne de porco e derivados, amendoim, bacalhau, camarão) e medicamentos (iodetos, brometos, sedativos), cremes de limpeza e cosméticos.

2. Melasma: hipercromia adquirida devido à ação da luz solar sobre a pele condicionada por alterações hormonais. Manifesta-se por máculas acastanhadas, pardo-bronzeadas ou mais pigmentadas, de limites nítidos, contornos irregulares, podendo estar isoladas ou coalescerem. As localizações de maior ocorrência são a face (regiões malares, fronte e bochechas), mamilo e meio do abdômen. Uma estreita faixa pigmentada por manchas semelhantes à cabeça de um alfinete acomete as regiões malares até o nariz.

3. Micoses: micoses superficiais causadas por fungos dos gêneros Microsporum, Tricophyton e Epidermophyton. Apresenta eritemas, pequenas vesículas papulares, fissuras e escamação. De acordo com o fungo, a doença se manifesta em lugares diferentes do corpo. As dermatofitoses dividem-se em granulomatosas e inflamatórias e são classificadas pela região do corpo afetada: dermatofitose do couro cabeludo (tinea capitis), dermatofitose do corpo (tinea corporis), dermatofitose marginada (tinea cruris), dermatofitose dos pés (tinea pedis), dermatofitose das mãos (tinea manum), dermatofitose imbricata (tinea imbricata), dermatofitose ungueal (tinea unguium), dermatofitose da face (tinea faciale), dermatofitose da barba (tinea barbae), dermatofítides.

4. Escabiose: a sarna ou escabiose é uma parasitose humana causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei variedade hominis. O contágio se dá somente entre humanos, por contato direto com pessoa ou roupas e outros objetos contaminados. O contato deve ser prolongado para que ocorra a contaminação.

5. Alergias: a alergia é uma reação do sistema imunológico a uma série de substâncias como fungos, poeira, pólen, medicamentos, pelos de animais, produtos de limpeza, picadas de insetos e vários outros. Leva o nome de dermatite e pode ser considerada como atópica quando sua origem é hereditária e alérgica quando é provocada por alguma reação.

6. Herpes simples: dermatovirose causada pelos herpes-vírus dos tipos 1 e 2, de transmissão por contato pessoal. É muito frequente, aguda e recidivante, iniciando-se por discreto eritema, edema e ardor, podendo ser acompanhada de sensações prodrômicas (parestesia no local ou, menos frequentemente, no trajeto dos nervos proximais). Doença universal caracterizada por vesículas puntiformes, túrgidas e brilhantes, agrupadas em buquês e tensas, contendo líquido transparente. Recrudescem e reaparecem no decurso de manifestações febris ou em alguns estados fisiológicos, como a menstruação. Formam pequenas crostas serosas, posteriormente eliminadas. As vesículas do tipo 1 localizam-se na borda vermelha dos lábios, narinas externas ou extensão variável da face. As lesões do tipo 2 são geralmente de transmissão sexual e se localizam na genitália e no ânus, havendo exulcerações puntiformes róseas ou acinzentadas no pênis, que regridem em poucos dias. Menos frequentemente, manifestam-se em outra parte do corpo, como no tronco.

7. Desidrose: afecção das glândulas sudoríparas écrinas provocada pela infiltração sudoral entre as células malpighianas. Surge normalmente no verão. O processo inicia-se com prurido discreto ou leve sensação de ardor, seguido de numerosas vesículas profundas e tensas, que contêm líquido límpido, podendo confluir, formando bolhas que se assemelham a grãos de sagu e muitas vezes são acompanhadas de eritema discreto. Quando isoladas, distribuem-se simetricamente e, quando agrupadas, não assumem configuração especial. Situam-se nos espaços interdigitais, faces laterais dos dedos e superfícies palmar e plantar, dificilmente atingindo superfícies extensas da face dorsal.

8. Psoríase: dermatose eritematoescamosa provavelmente de origem hereditária multifatorial (herança poligênica) ou ainda ligada a agentes infecciosos, traumas, drogas, alterações metabólicas ou endócrinas e a fatores psicológicos. Depende de fatores ambientais (clima, luz) para expressar-se. A afecção consiste em processo inflamatório crônico, de rápida evolução e fases de remissão. As lesões são predominantemente eritematoescamosas, bem delimitadas, apresentando, em alguns casos, o halo periférico mais claro. Seu tamanho e sua morfologia variam, podendo aparecer em formato de gotas, em placas, em anéis e até mesmo assumindo o aspecto de ostra ou rupioide, isoladas ou confluentes, apesar de, na maior parte dos casos, apresentarem-se simetricamente. Usualmente, as escamas presentes nas lesões são argênticas, secas e aderentes. Localiza-se preferencialmente na face extensora dos membros (joelhos e cotovelos), região sacra, tronco, regiões palmoplantares e couro cabeludo. Raramente as mucosas são acometidas.

9. Onicomicoses: dermatofitoses causadas pelo fungo Epidermophyton floccossum, por várias espécies de Tricophyton e por Candida albicans. Caracterizam-se por lesões destrutivas das unhas, de cor branco-amarelada, podendo começar distalmente ou nas bordas laterais das unhas. Em alguns casos, a unha é separada do seu leito pela extremidade distal, tornando-se adelgada, desgarrando-se e deformando-se. Existe, quase sempre, infecção prévia dos dedos das mãos e dos pés. As unhas afetadas perdem o brilho e a cor, aumentam a espessura e tornam-se quebradiças, podendo aparecer sulcos e depressões. Estão presentes os quadros de oníquia e paroníquia, denominadas onicomicoses.

10. Hanseníase: micobacteriose causada pela Mycobacterium leprae e transmitida ao homem por meio de contágio direto (provavelmente por soluções de continuidade da mucosa nasal ou da pele) ou indireto (objetos contaminados, vetores). É uma doença crônica e infectocontagiosa, encontrada apenas em seres humanos. Apresenta quadros clínicos diversos, dependendo do grau de resistência do organismo:

- hanseníase indeterminada;

- hanseníase tuberculoide;

- hanseníase virchowiana;

- hanseníase dimorfa.

A doença pode evoluir para comprometimento da pele, das mucosas nasal e oringolaringeana, olhos e vísceras. As lesões cutâneas evidenciam-se por máculas, pápulas, tubérculos, nódulos, elevações papulosas, úlceras e bolhas. De modo geral, as lesões maculares caracterizam as fases iniciais da doença (hanseníase indeterminada). Ocorrendo resistência imunológica, o quadro evolui para a forma de resistências (hanseníase tuberculoide), caracterizadas por lesões pouco numerosas, circunscritas e bem delimitadas. Não havendo resistência, o quadro torna-se a forma grave da doença (hanseníase virchowiana), evidenciada por lesões numerosas, de coloração ferruginosa, difusa e de limites imprecisos, sem possibilidade de cura espontânea. A presença de lesões circunscritas e difusas simultaneamente caracteriza a hanseníase dimorfa. As lesões neurológicas ocorrem em qualquer das formas clínicas e, na maioria dos casos, antecedem os sintomas cutâneos. A infiltração difusa, a presença de hansenomas, lesões ulceradas e a infecção secundária favorecem a inflamação do pericôndrio (pericondrite) e as deformidades.

11. Foliculite: piodermite causada pela bactéria Staphylococcus aureus. Caracteriza-se por inflamação superficial ou profunda de um folículo ou um grupo de folículos pilossebáceos, manifestando-se por pápulas ou pústulas. Existem oito formas da doença que, apesar de apresentarem localização e etiologia comuns, diferem quanto ao quadro clínico-evolutivo:

- foliculite ostial;

- furúnculo;

- foliculite decalvante;

- foliculite queloidiforme;

- foliculite da barba;

- foliculite abscedente;

- foliculite necrótica;

- foliculite perfurante.

12. Erisipela: piodermite causada por estreptococos hemolíticos do grupo A e, eventualmente, do grupo G. Pode ainda estar relacionada a infecções das vias aéreas superiores. É uma forma de celulite aguda e superficial, caracterizada pelo aparecimento de eritema vivo e intenso, acompanhado de edema duro, não depressível, com bordas bem delimitadas, conferindo à lesão aspecto de laranja. A lesão é quente e estende-se, pouco a pouco, para as regiões circunvizinhas, chegando a atingir 20 ou mais centímetros de tamanho. Devido à obstrução de vasos linfáticos, podem surgir grandes bolhas tensas, contendo líquido amarelo-citrino, não purulento (erisipela bolhosa). As bolhas podem romper-se e evoluir para necrose e úlcera superficial (erisipela gangrenosa). Ocorre ainda inflamação dos vasos linfáticos regionais e inflamação dos gânglios linfáticos regionais, com fenômenos gerais tais como temperatura elevada, calafrios, náuseas e intenso mal-estar. A evolução da doença é rápida. Começa a regredir depois de alguns dias com descamação superficial, deixando pigmentação acastanhada, que desaparece lentamente até que a pele recupere o aspecto normal. Atinge, preferencialmente, a face e a parte distal dos membros. O acometimento facial pode provocar inflamação generalizada dos olhos.

13. Furúnculo: coleção líquida causada por um estafilococo, caracterizando-se por inflamação circunscrita, dura, dolorosa e de coloração avermelhada. Localiza-se nos folículos pilossebáceos.

14. Vitiligo: acromia determinada por gene autossômico dominante, podendo ser desencadeada, em alguns casos, por estresse emocional e por reação a certos produtos químicos industriais. Verifica-se a ausência de melanócitos e de melanina na epiderme e um aumento das células de Langerhans, acompanhado, às vezes, de infiltração linfocitária (leucodermia adquirida). A perda da pigmentação melânica cutânea provoca manchas esbranquiçadas que, em princípio, são hipocrômicas, tornando-se lentamente acrômicas. Percebe-se que as lesões são mais acentuadas em áreas expostas ao sol, em punhos, couro cabeludo, dobras da pele, eminências ósseas, faces anterolaterais das pernas, pálpebras, fronte, dorso das mãos e dedos, pescoço, podendo ainda ocorrer em qualquer região (axilas, genitália, região periorbital e maleolar). Algumas lesões destroem os melanócitos da retina, provocando perturbação da visão. Os pelos localizados no seio da mancha são geralmente brancos, principalmente os do couro cabeludo.

15. Pelagra: desvitaminodermia causada por deficiência de vitamina B3, alcoolismo ou outra doença proveniente de distúrbio nutricional. Provoca problemas gastrintestinais, eritema nas partes do corpo expostas à luz, dermatite, diarreia e distúrbios psíquicos (demência) (doença dos três “dês”), seguidos de escamação.

16. Paroníquia: candidíase que apresenta tecidos periungueais tumefeitos, edemaciados, avermelhados e dolorosos à palpação. Pode acometer várias unhas das mãos. Há frequente associação com estafiloestreptococos. Obs.: é também classificada como uma onicopatia.

17. Verrugas: dematovirose causada pelo papilomavírus humano (HPV). É infecção localizada, caracterizada por hipertrofia circunscrita de papilas do cório, espessamento das camadas de Malpighi, granular e de ceratina da epiderme. Apresenta proliferação epitelial da pele e mucosas. O vírus é autoinoculável ou transmitido por contato direto ou indireto em locais como praias, piscinas, recintos esportivos, etc. A lesão é hiperplásica lobulada, com superfície córnea. Localiza-se geralmente no dorso das mãos e nos dedos.

Conhecimentos específicos necessários ao farmacêutico clínico

Giovanna explica que é importante o farmacêutico possuir conhecimento em anatomia e fisiologia, pois, o profissional deve avaliar a patologia (seu estágio) e as características do paciente (adulto, criança, adulto): “Um item importante também, é saber qual é a condição financeira do paciente. Existem tratamentos mais econômicos e mais dispendiosos. Isso ajuda a garantir a adesão ao tratamento”.

A professora destaca também que o farmacêutico deve possuir, além da formação científica, habilidade de comunicação com os pacientes: “O não seguimento das prescrições, em muitos casos, reflete a falta de posição educativa fundamentada na relação farmacêutico/paciente. Desse modo, é muito importante conhecer o grau de instrução dos pacientes, a fim de direcionar melhor as técnicas de comunicação, tanto oral como escrita no momento da orientação”.

Protocolos de atendimento

O serviço ainda é novo nas farmácias, além disso, existem algumas dificuldades para atuar na área e o profissional, mesmo sendo formado há muito tempo, tem que adquirir conhecimento para realizar um bom trabalho transmitindo confiança ao paciente: “A principal dificuldade é identificar a patologia, mas existem muitas dificuldades em documentar os atendimentos, também. Em média, o tempo gasto para preencher uma ficha de anamnese é de 30 minutos, isso dificulta ao profissional a documentação dos atendimentos. Como o serviço ainda é novo, faltam equipamentos básicos, como lupa com luz e cadeira reclinável”.

Estudar cada paciente, criar protocolos de atendimento e medir resultados, é fundamental, pois, sem a documentação do atendimento, o profissional não terá como mensurar a evolução do paciente a cada retorno à farmácia. “O que geralmente acontece é que muitas vezes o farmacêutico esquece o que indicou. O estudo individual de cada paciente garante o resultado da adesão ao tratamento e o restabelecimento da saúde do cliente. Os protocolos de atendimento por patologia dão mais segurança ao profissional e mostram que estabeleceu o uso de medicamentos seguros para o cliente. Sem medir resultados os serviços não conseguem comprovar o valor que podem agregar às empresas. O serviço precisa dar resultado para o cliente e para a empresa”, analisa Giovanna, que recomenda os principais protocolos para a atenção farmacêutica em doenças dermatológicas:

PRONTUÁRIO: a documentação do processo de cuidado deve ser feita em prontuário próprio para cada paciente, organizado de forma a manter o registro dos atendimentos e, portanto, a história farmacoterapêutica e clínica do paciente. Uma das formas mais comuns de registro, adotada por diferentes profissionais da saúde, é o modelo SOAP (do inglês subjective, objective, assessment, plan), que organiza as informações em dados subjetivos (S), objetivos (O), avaliação (A) e plano (P). O CFF (Conselho Federal de Farmácia) apresenta um modelo que permite a organização das informações dos pacientes e o registro de evolução.

Clique aqui e acesse o modelo de PRONTUÁRIO (Com indicações de preenchimento)

RECEITA: durante a prestação de serviços farmacêuticos, o profissional utiliza um raciocínio que culmina com a seleção da(s) melhor(es) conduta(s) que será(ão) documentada(s) por meio da receita e entregue ao paciente. Ela deve ser redigida em português, por extenso, de modo legível, observando-se a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais, sem emendas ou rasuras, incluindo os componentes previstos no artigo 9º da Resolução 586, de 29 de agosto de 2013.

Clique aqui e acesse o modelo de RECEITA (Com indicações de preenchimento)

ENCAMINHAMENTO: quando o farmacêutico decide como conduta encaminhar o paciente a outro profissional da saúde, ele precisa garantir que tanto o usuário quanto o profissional compreendam o motivo da recomendação feita por ele. Entende-se que com esse procedimento o outro profissional compreende o raciocínio clínico utilizado pelo farmacêutico, bem como a conduta selecionada. O documento formaliza a comunicação com outros profissionais.

Clique aqui e acesse o modelo de ENCAMINHAMENTO (Com indicações de preenchimento)

Confira matéria da ASCOFERJ sobre a venda de dermocosmetico em farmácias.

A atenção farmacêutica para pacientes com problemas relacionadas a pele, pode ser também uma excelente ferramenta de venda e maximização de rentabilidade na farmácia. No vídeo a seguir, Marcelo Fernandes, atualmente diretor comercial e trade na Dermage Skin Care, fala das diferenças entre cosméticos e dermocosméticos, dá dicas para potencializar as vendas desse nicho no canal farma e destaca o alto valor agregado do produto. Para se ter uma ideia, uma prescrição dermatológica chega a ter um valor médio de R$ 250. Assista agora!

Telefones

Atendimento de segunda a quinta-feira das 08:00h às 18:00h e sexta-feira das 08:00h às 17:00h (Exceto Feriados).

Fale conosco

Sou aluno:

(62) 99433-0397

Quero me matricular:

CLIQUE AQUI

E-mail

faleconosco@ictq.com.br

Endereço

Escritório administrativo - Goiás

Rua Engenheiro Portela nº588 - Andar 5/6 - Centro - Anápolis/GO CEP

CEP: 75.023-085

ictq enfermagem e mec
 

Consulte aqui o cadastro da instituição no Sistema e-MEC

PÓS-GRADUAÇÃO - TURMAS ABERTAS