Sindicatos de farmacêuticos mantêm estado de greve e intensificam ações conjuntas

Sindicatos de farmacêuticos mantêm estado de greve e intensificam ações conjuntas

O movimento pela valorização dos farmacêuticos, iniciado em São Paulo, agora se consolida como uma mobilização nacional. Após o estado de greve decretado pelo Sinfar-SP, os sindicatos do Rio de Janeiro (Sinfar-RJ) e do Paraná (Sindifar-PR) também formalizaram a medida, e os três estados se articulam para definir ações conjuntas. A categoria cobra melhores condições de trabalho, reajustes salariais reais e o cumprimento de direitos básicos, como pausas regulares e pagamento de insalubridade.

Reunião entre estados busca unificação de pautas

A presidente do Sinfar-SP, Renata Gonçalves, informou que São Paulo teve uma nova rodada de negociação com o sindicato patronal e aguarda posicionamento. Enquanto isso, uma reunião entre os três estados está marcada para definir os próximos passos. “São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná estão juntos neste movimento. O objetivo é alinhar estratégias e fortalecer a luta da categoria em todo o país”, disse.

Renata reforçou que o estado de greve segue mantido até que o setor patronal apresente uma proposta concreta que contemple as principais reivindicações: regulamentação dos feriados, pausas durante a jornada, folgas duplas mensais e vale-refeição diário.

Rio de Janeiro amplia o movimento e anuncia campanha de mobilização

No Rio de Janeiro, o presidente do Sinfar-RJ, Leonardo Légora, confirmou ao ICTQ que o estado de greve foi aprovado em assembleia geral. “Aprovamos a pauta de Convenção Coletiva para todo o Estado e incluímos a mobilização inspirada por São Paulo. Agora, já temos pelo menos três estados com o mesmo movimento, e queremos expandir para o restante do país”, disse.

Légora, que também integra a Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), afirmou que a entidade discutirá com presidentes de sindicatos estaduais a formatação de um movimento nacional coordenado. “Os modos de operação das grandes redes são os mesmos em todo o Brasil. Por isso, as lutas precisam ser unificadas”, explicou.

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Entre as principais denúncias no Rio de Janeiro estão o descumprimento da folga quinzenal obrigatória para mulheres, o não pagamento de adicional de insalubridade, irregularidades nas horas extras e o acúmulo de função. “Há farmacêuticos obrigados a assumir tarefas que não lhes cabem (limpar banheiros, descarregar caminhões, vender produtos), em vez de exercer a assistência farmacêutica prevista em lei. Isso é inadmissível”, criticou.

O Sinfar-RJ também move ações coletivas na Justiça contra grandes redes e prepara o lançamento de uma campanha pública de apoio ao estado de greve, incentivando manifestações pacíficas dos profissionais.

Paraná entra oficialmente em estado de greve e cobra avanços

O Sindicato dos Farmacêuticos do Paraná (Sindifar-PR) também oficializou o estado de greve, após meses de negociações sem avanços. Em nota, a entidade afirmou que as tratativas com o patronal começaram em fevereiro, mas só em outubro houve concordância com o reajuste de 5,5%.

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Segundo a entidade, o Sindicato Patronal rejeitou a cláusula que previa duas folgas semanais coincidentes com os domingos, ponto considerado essencial para garantir qualidade de vida aos farmacêuticos.

“O Sindifar-PR mantém sua postura de diálogo, mas, se não houver manifestação concreta nos próximos dias, convocaremos uma nova assembleia geral para decidir entre a continuidade do estado de greve ou a deflagração de paralisações”, diz o comunicado.

A nota também critica a estagnação salarial da categoria, que há anos recebe apenas reajustes equivalentes à inflação, sem ganho real de poder aquisitivo. “Os farmacêuticos estão mobilizados e aguardam uma posição efetiva do patronal para seguir nas negociações”.

Categoria nacionalizada e unida pela valorização

Com três estados oficialmente em estado de greve e outros avaliando o mesmo caminho, o movimento dos farmacêuticos ultrapassa fronteiras regionais e ganha caráter nacional. As lideranças sindicais reforçam que o objetivo não é paralisar por paralisar, mas chamar atenção para a precarização do trabalho farmacêutico e exigir respeito às leis e valorização de quem atua diretamente na promoção da saúde pública.

“Essa é uma luta por dignidade. O farmacêutico é o elo entre o medicamento e o paciente, e não pode ser tratado como mero operador comercial”, resume Leonardo Légora.

A próxima reunião entre os sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná será determinante para definir se o movimento avançará para uma paralisação efetiva e, possivelmente, para a primeira greve nacional dos farmacêuticos nos últimos anos.

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