Vigilância Sanitária fiscaliza farmácias que oferecem testes rápidos de Covid-19

Vigilância Sanitária fiscaliza farmácias que oferecem testes rápidos de Covid-19

A Vigilância Sanitária de Saquarema (RJ) realizou inspeção em diversas farmácias e drogarias do município. A ação aconteceu visando atender à RDC 377/20 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que autoriza em caráter temporário e excepcional a utilização de testes rápidos para a Covid 19 nesses estabelecimentos, revelou o jornal O Dia.

De acordo com a Resolução da Anvisa, as farmácias devem atender aos requisitos técnicos de segurança para testagem constantes nas diretrizes estabelecidas pelas autoridades de saúde. Além disso, os testes rápidos – ensaios imunocromatográficos – para a pesquisa de anticorpos ou antígeno do novo coronavírus devem possuir registro na Agência reguladora.

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Os resultados dos testes realizados pelas farmácias, sejam eles positivos ou negativos, devem ser informados às autoridades de saúde competentes, por meio de canais oficiais estabelecidos, diz a Anvisa. Da mesma forma, “a ocorrência de queixas técnicas associadas aos Testes Laboratoriais Remotos (TLR) deve ser notificada pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária (Notivisa) disponível no site da Anvisa, em até cinco dias de seu conhecimento”, diz o texto da Resolução.

Ainda de acordo com a RDC 377/20, “cabe ao farmacêutico responsável técnico entrevistar o solicitante do teste rápido em consonância com a instrução de uso do teste e a sua respectiva janela imunológica, visando evidenciar a viabilidade da aplicação do teste específico disponível no estabelecimento ao paciente”.

Segundo a Anvisa, os estudos científicos demonstram que somente a partir do sétimo dia de sintomas de uma pessoa com Covid-19 é possível detectar anticorpos em testes rápidos. Além disso, de acordo com a entidade, em grande parte dos produtos registrados pela Agência, os resultados mais robustos foram obtidos a partir do décimo dia.

Essa informação é reforçada pelo farmacêutico e professor da pós-graduação em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica no ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Rafael Poloni, que orienta o período ideal para reduzir as chances de obter um resultado falso negativo e alerta quanto aos cuidados na realização do teste.

“O teste rápido identifica anticorpos contra a doença, sendo assim, depende da agilidade do sistema imunológico de cada indivíduo para produzir essa proteção, não ocorrendo de maneira imediata nestes casos. Por isso que o teste rápido é indicado aproximadamente oito dias após o início dos sintomas, para que a possibilidade de resultado falso negativo seja reduzida”, explica Poloni.

Ele acrescenta que “a coleta do material para análise deve ser adequada, para que seja reduzido o risco de contaminação das amostras e resultados não compatíveis com a realidade. Por esses motivos, é essencial que a indicação do teste rápido seja feita pelo médico”.

O professor do ICTQ lembra ainda os cuidados que o farmacêutico deve ter para aplicar os testes. “O farmacêutico deve lançar mão da bula do teste rápido para que esse método seja utilizado corretamente e as informações relevantes sejam passadas de forma clara e precisa aos pacientes. É importante ressaltar que esse tipo de teste pode fornecer resultados falsos, tanto positivo quanto negativo, caso não seja utilizado corretamente. Por isso, o manuseio e orientação de um profissional de saúde é de extrema valia”, conclui.

Tipos de testes

Atualmente, para detectar a presença ativa do novo coronavírus, há três testes principais disponíveis, conforme apurou o Viva Bem UOL:

RT-PCR – é o teste considerado padrão de referência para diagnosticar a Covid-19. Ele é colhido por meio do swab nasal – espécie de cotonete grande introduzido no nariz ou na garganta –, para coletar a secreção respiratória com o material genético do vírus vivo. Deve ser feito na primeira semana de sintomas. Esse teste chega a ficar acima dos 90% de precisão e é raro acusar um resultado falso positivo.

PCR-Lamp – é o teste molecular mais barato, avançado e de rápido resultado para a detecção do coronavírus. Pode ser comprado diretamente pelo consumidor final, sem pedido médico. Diferentemente do RT-PCR, o PCR-Lamp é feito pela saliva, indolor e não invasivo. A técnica PCR-Lamp pode chegar a 99% de especificidade e mais de 80% de sensibilidade, precisão equivalente a do RT-PCR.

Antígeno – ele também utiliza o swab nasal. O teste de antígeno busca fragmentos (proteínas) do vírus para apontar a infecção e fica pronto em até 30 minutos. O método simplificado, que possibilita um resultado rápido, é pouco preciso e apresenta altas taxas de falso negativo ou falso positivo.

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Além desses métodos, há também os testes sorológicos. Enquanto o RT-PCR deve ser realizado no início da doença, os testes sorológicos são feitos a partir da segunda semana, quando a quantidade de vírus diminui progressivamente e o indivíduo produz anticorpos contra o vírus, principalmente das classes IgG e IgM, revela a Faculdade de Medicina da UFMG.

Os testes de sorologia tradicional para identificar os anticorpos são obtidos nas amostras de soro após punção venosa, realizada em laboratório. Também podem ser obtidos em testes rápidos (imunocromatográficos), realizados em sangue capilar obtido por punção digital.

No entanto, segundo a UFMG, estudos sugerem que os anticorpos só são desenvolvidos após a segunda semana após o início dos sintomas. Por isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomenda o uso de testes rápidos sorológicos na prática clínica. Isso porque o diagnóstico de anticorpos só será possível em uma fase de recuperação do paciente, o que pode ser tarde para uma intervenção clínica ou interromper a transmissão da doença com medidas como o isolamento.

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