Entre 17 e 23 de maio, as farmácias brasileiras tiveram o quarto maior volume de atendimentos e diagnósticos de Covid-19. A alta procura por testes rápidos e dos resultados positivos têm preocupado as entidades do setor, que estão vendo essas situações como indícios de que a terceira onda do coronavírus se aproxima do Brasil.
De acordo com a Banda B, durante a terceira semana de maio, as farmácias realizaram 324.690, este número representa uma alta de 15% em relação à semana anterior (de 10 a 16 de maio). Além disso, se aproximam dos índices do pico da doença no País, ocorrido de 8 a 28 de março passado, com registros de mais de 300 mil atendimentos. Os dados são da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).
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Segundo a entidade, houve alta, também, na confirmação de novos casos, que totalizaram 78.486 resultados positivos, o equivalente a 24% das testagens.
Em dados regionais, apenas sete Estados apresentaram queda no índice de casos; Acre, Amapá, Ceará, Pará, Pernambuco, Piauí e Rondônia.
Em contrapartida, as demais 20 unidades federativas apresentaram alta, com Rio de Janeiro e Sergipe tendo os piores indicadores; 21% e 19%, respectivamente.
A entidade pontua que desde a implementação dos testes para Covid-19 nas farmácias, em abril de 2021, os estabelecimentos já realizaram 6.850.701 testagens, com 1.451.640 resultados positivos, ou seja, 21% da parcela total testada.
Terceira onda da Covid-19 e
A crescente procura pelos testes de Covid-19 nas farmácias também preocupa profissionais do setor farmacêutico, como é o caso do professor da Pós-graduação em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica no ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Rafael Poloni.
Poloni, que também é farmacêutico, acredita e, ao mesmo tempo, lamenta que uma terceira onda da Covid-19 deve acometer não apenas o Brasil, mas o mundo.
Ele explica a relação do aumento dos testes com a preocupação das pessoas com a saúde e enfatiza que todos devem manter os cuidados preventivos para, assim, evitar o risco da contaminação.
“A terceira onda da pandemia do novo coronavírus é uma tendência mundial, infelizmente. O aumento do consumo de testes pode indicar que as pessoas estão preocupadas com sua saúde e o aumento dos resultados positivos deve deixar a população em alerta e intensificar as medidas de proteção”.
Poloni conclui pontuando que para melhor segurança e uso correto, os testes devem ser realizados mediante orientação médica.
“O uso de testes deve ser por indicação médica, utilizando-os de maneira racional e no período correto, evitando resultados falsos e assegurando que o diagnóstico seja bem interpretado”.
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