Procon flagra venda de medicamentos com até 600% de diferença no preço

Procon flagra venda de medicamentos com até 600% de diferença no preço

Uma recente pesquisa realizada pelo Procon de Natal (RN) apontou a disparidade em preços de alguns medicamentos comercializados nas farmácias das quatro regiões da cidade. Em muitas delas, alguns fármacos tinham diferença de preço de quase 600%.

Conforme publicado pela entidade, a pesquisa foi realizada entre 03 e 06 de maio atual. O estudo analisou 36 medicamentos, sendo 26 de referência e 10 do tipo genérico.

O Núcleo de pesquisa do Procon/Natal aponta que os medicamentos na cidade estão com variação muito alta, mesmo com produtos de grande variedade.

Um exemplo disso é a Dipirona em gotas de 20 ml. O tradicional analgésico foi encontrado com diferença de preço de até 520%. Em algumas farmácias o menor preço encontrado foi R$ 2,00. Em contrapartida, o maior registrado foi R$ 12,40, ou seja, uma diferença de R$ 10,40.

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O mesmo disparo nos preços foi obtido entre medicamentos de marca e genéricos. No caso do Claritin (5 mg) em xarope com 100 ml. O genérico é comercializado com o menor preço em R$ 6,99. Enquanto isso, o mais barato de marca foi encontrado por R$ 42,27, sendo uma variação entre o genérico e o de marca comercial é de 504,72%, logo, uma diferença de R$ 35,28.

O Antibiótico Claritromicina de 500 mg também ganhou destaque, com variação de até 289,67% entre as farmácias. Ele foi encontrado com preços de R$ 55,18 a R$ 215,02. Ou seja, uma diferença de R$ 159,84.

Menores preços

Além de verificar os preços elevados, a pesquisa também observou quais estabelecimentos ofertam os menores preços dos medicamentos pesquisados.

Nesse caso, o Procon notou que as mesmas redes de farmácias diferem seus preços entre as unidades. Como foi verificado na Pague Menos. O estabelecimento localizado no bairro do Potengi, na zona norte, foi a farmácia com maior número de preços baixos encontrados pela pesquisa, com total de 22,22% dos produtos pesquisados.

Já a farmácia do Carrefour, do mesmo bairro, teve cinco menores preços. A Cooperfarma, de Igapó, e a farmácia do Carrefour, na Candelária, tiveram 4 medicamentos com os menores preços.

No total, entre 22 farmácias pesquisadas, em sete não houve qualquer produto comercializado com preço baixo.

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Objetivo da pesquisa

Segundo o Procon, a pesquisa busca ajudar o público a encontrar em quais locais os medicamentos são ofertados com os menores preços. A entidade informa que divulga, ainda, um ranking com as 10 farmácias que figuram as melhores ofertas.

Os consumidores podem consultar a pesquisa na íntegra e verificar todos os medicamentos pesquisados, assim como os preços e estabelecimentos com as melhores ofertas no portal da entidade (clique aqui). Além de consultar a pesquisa, o órgão recomenda que os consumidores acessem o site do governo federal junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para consultas de medicamentos.

“Para o Núcleo de pesquisa, o estudo é válido em virtude do aumento autorizado pelo Governo Federal, visto que já era previsto como acontece anualmente esse reajuste. Para isso o consumidor deve exercer o poder de pesquisa e adquirir produtos com preços mais baixos, uma vez que a pesquisa aponta esses preços baixos e os estabelecimentos e divulga em sua página eletrônica”, apontou a nota do Procon.

Atuação do farmacêutico em variações de preço

Como se observa, há muitas variações nos preços dos medicamentos, e como o Procon citou, eles podem ocorrer dentro da mesma rede de farmácias. Porém, nem todos os consumidores têm disponibilidade para buscar as melhores ofertas de estabelecimento em estabelecimento.

Essas pessoas podem ter seus tratamentos comprometidos com as variações de preço. Para evitar esse impacto, o farmacêutico pode atuar dando orientação de tratamentos alternativos, conforme explica o farmacêutico e professor da Pós-graduação em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica no ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Rafael Poloni, defende que os farmacêuticos apresentem alternativas de medicamentos ao consumidor, porém, todas devem estar dentro das medidas legais.

“O farmacêutico pode utilizar vários aspectos para contribuir com a saúde do paciente. Atualmente, nós temos uma variedade muito grande de marcas de medicamentos, de genéricos e similares, que geralmente são mais baratos que os de referência. Então, cada farmacêutico, dentro das medidas legais, pode fazer essa substituição, obedecendo à legislação vigente”.

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