Farmácia alemã comercializa vacina homeopática contra Covid-19

Farmácia alemã comercializa vacina homeopática contra Covid-19

Uma farmácia alemã pode sofrer medidas punitivas por ofertar uma suposta vacina homeopática contra a Covid-19. O imunizante não tem comprovação de eficácia e seria produzido com restos da vacina da Pfizer.

De acordo com a Época, a divulgação da venda dos imunizantes foi feita no site da farmácia Schloss Apotheke, que anunciava: "Temos em estoque a vacina Pfizer/ BioNtech contra Covid-19 na forma potenciada até D30 como glóbulos ou diluição”.

Em vista do fato, por precaução, as autoridades sanitárias alemãs determinaram a suspensão da venda do produto e estudam a possibilidade de aplicar punições contra o estabelecimento e está analisando se houve violação na legislação sanitária vigente.

As autoridades declararam que a farmácia aproveitava pequenos resíduos nos frascos da vacina descartados após o imunizante ser aplicado e que essas ampolas eram obtidas de um centro de vacinação e de um asilo para idosos.

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O anúncio foi retirado do site da companhia em 30 de abril. A gerente da farmácia, Annette Eichele, declarou à agência de notícias DPA que ela, de "forma alguma", vendia vacinas homeopáticas contra a Covid-19, e afirmou, ainda, que não existem inoculantes eficazes desse tipo.

Annette explicou que os resíduos da vacina da Pfizer apenas foram “altamente potencializados ou preparados como glóbulos". E que o produto visava complementar as vacinações contra coronavírus "para terem um efeito melhor" e "evitar efeitos colaterais". Entretanto, a farmacêutica admitiu que não há comprovação científica do produto.

Quanto à produção, ela afirmou ainda que o produto era fabricado individualmente e sob encomenda do cliente. Segundo ela, foram vendidos menos de uma dúzia de unidades do produto.

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Verificação de qualidade das vacinas

Em meio a situações assim, cabe alertar a população sobre os riscos de fazer uso de imunizantes e medicamentos que não têm aprovação de uso das agências sanitárias. Logo, não há como saber se estes produtos têm segurança, eficácia e qualidade – aspectos que são verificados nos estudos clínicos das vacinas.

O uso de qualquer produto que não tenha a aprovação das agências sanitárias pode expor o paciente a sérios riscos de saúde. Em vista disso, o gerente-geral da Gerência Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gustavo Mendes, em vídeo exclusivo publicado na série ‘Farmacêuticos pela Vacina’, no canal do Youtube do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico (veja o vídeo completo aqui), explica como as entidades sanitárias avaliam a qualidade dos imunizantes.

Mendes, que também ministra aulas na Pós-graduação de Assuntos Regulatórios, entre outros cursos no ICTQ, pontua que as agências reguladoras internacionais fazem essa análise por meio de dois aspectos.

A primeira delas, segundo ele, está nas Boas Práticas de Fabricação, ou seja, que, independentemente do país em que o imunizante seja produzido, as regras internacionais de qualidade serão cumpridas, garantindo boas práticas quanto aos equipamentos e da equipe na produção do imunizante.

“Essa é a certeza de que a vacina vai ser produzida de acordo com as especificações e condições adequadas”, explicou.

O segundo aspecto, explica o farmacêutico, está relacionado às condições de liberação de lote. Ou seja, que cada lote será submetido a testes de qualidade, para comprovar que podem ser utilizados pela população.

“Esses lotes deverão ter suas condições de pureza e de potência cumpridas. É assim, então, que sabemos que uma vacina pode ser utilizada”, finalizou.

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