Mercado Livre poderá permitir que farmácias vendam na plataforma

Mercado Livre poderá permitir que farmácias vendam na plataforma

Caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprove, o Mercado Livre poderá ter na plataforma farmácias comercializando seus produtos. A revelação foi feita pelo presidente de commerce da empresa para América Latina, Stelleo Tolda, ao portal InfoMoney.

De acordo com Tolda, a Anvisa está analisando a possibilidade de marketplaces como o Mercado Livre venderem produtos farmacêuticos por meio de parceiros ligados em sua plataforma. Diante do aumento da demanda por medicamentos e outros produtos farmacêuticos nos últimos meses, esse canal poderá ampliar as oportunidades de venda das farmácias.

“Tem alguns players grandes que conseguem fazer a logística por conta própria, mas o mercado é pulverizado e tem muitas redes menores de farmácias que poderiam ser nossos clientes neste serviço”, salientou Tolda.

O varejo farmacêutico é um dos setores que têm vivenciado o forte crescimento do comércio eletrônico brasileiro, que deve crescer 26% em 2021, alcançando o faturamento recorde de R$ 110 bilhões e superando o resultado de R$ 87,4 bilhões obtido no ano passado. Os dados são de pesquisa recente da eBit-Nielsen.

Tal desempenho é reflexo da pandemia no País, que acarretou mudanças de comportamento de compra do consumidor, que, por sua vez, passou a adquirir produtos por meio de canais digitais, como site, aplicativos e marketplaces.

Para a coordenadora acadêmica do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico e especialista em farmácia clínica e prescrição farmacêutica, Juliana Cardoso, existem diversas vantagens com as novas possibilidades do e-commerce, tanto para o estabelecimento quanto para o paciente, mas alguns cuidados precisam ser considerados.

“Não podemos negar que facilidade, o comodismo e a concorrência acerca da compra e consumo dos medicamentos favorece não só o cliente, mas o comércio farmacêutico em geral, desde ao laboratório de produção até o varejista”, diz Juliana. “Certamente é um mercado amplo que pode beneficiar principalmente pacientes que necessitam de um medicamento específico, mas que em seu local de residência, por diversos fatores, até mesmo geográficos, se torna difícil a sua aquisição”.

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Outra vantagem, segundo ela, está no aumento da concorrência nos preços dos medicamentos, impedindo em muitas cidades do interior do Brasil o monopólio de drogarias e farmácias. “Por outro lado, traz a oportunidade da expansão comercial para o pequeno varejista que pode fazer desta nova modalidade uma ferramenta para expansão do seu negócio”, diz Juliana.

Se o comércio eletrônico facilita o acesso e pode reduzir os preços dos medicamentos, os cuidados com o atendimento ao paciente devem ser redobrados. “É imprescindível que o farmacêutico tenha um papel clínico sobre essa situação. Nesse cenário de venda moderna se faz necessário a reafirmação da importância sobre a orientação e acompanhamento farmacoterapêutico”, enfatiza Juliana.

“Além de um rigoroso trabalho acerca do controle e veracidade das prescrições, alguns cuidados precisam ser estabelecidos para que essa modalidade de venda não influencie a automedicação e para que nem mesmo a plataforma seja utilizada de maneira que inflija as diretrizes que regulam a compra e venda de medicamentos”, completa a coordenadora acadêmica do ICTQ.

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Mercado Livre aposta no crescimento do e-commerce no País

Favorecido pelo boom do e-commerce na pandemia, o Mercado Livre teve receita de US$ 1,3 bilhão (R$ 7,33 bilhões) no quarto trimestre de 2020, com crescimento de 97% sobre o mesmo período do ano anterior. No acumulado de 2020, a cifra chegou a US$ 4 bilhões (R$ 22,56 bilhões), alta de 73%. Esse desempenho se deve especialmente ao Brasil, onde as operações representaram mais da metade da receita trimestral da companhia.

Apesar do impulso dos negócios, o Mercado Livre terminou o quarto trimestre de 2020 com prejuízo de US$ 50 milhões (R$ 282 milhões). “No acumulado do ano passado, ficamos praticamente no zero a zero, sem lucro, nem prejuízo. Houve pressão de custos, como aumento do gasto da frota com combustíveis, mas também houve investimentos pesados em logística. Faz parte da nossa estratégia de ganhar escala”, afirmou Stelleo Tolda.

De forma geral, a companhia se mostra otimista com o crescimento de seu marketplace no mercado brasileiro, uma vez que apenas 10% do varejo no País é via e-commerce.

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