A busca por testes de farmácia para detectar a Covid-19 tem crescido cada vez mais no Brasil. Somente nos três primeiros meses de 2021, as vendas dos testes já superaram todo o período de 2020.
De acordo com O Globo, no ano anterior, foram feitos 2.032.089 testes rápidos nas farmácias brasileiras. Enquanto isso, apenas de 01 de Janeiro de 2021 até 14 de março recente foram realizados 2.045.469 testes.
Esse desempenho se dá pela oferta maior e melhoria dos testes, que, quando realizados adequadamente, contribuem para preencher uma lacuna deixada pelo setor público, que não consegue fazer a testagem em massa da sua população.
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Como consequência, o combate ao coronavírus fica comprometido, pois detectar a doença é essencial para isolar pacientes contaminados e reduzir as chances de propagação do vírus, conforme explica a médica infectologista e professora da Unicamp, Raquel Stucchi.
“Testar pouco é isolar pouco. Isso explica, em parte, a explosão de casos no Brasil e precisamos otimizar isso. Quando isolamos poucos infectados, mantemos a transmissão continuada na comunidade”.
Importância dos testes PCR nas farmácias
Em 2020, o Ministério da Saúde estimava que realizaria 24,6 milhões de testes PCR até o ano acabar. No entanto, essa quantidade não foi alcançada nem somando as semanas recentes de 2021. Ao todo, o País realizou apenas 59,8% dos testes previstos.
Especialistas alertam que a baixa testagem contribui para o atual colapso sanitário do País. Entretanto, o aumento de testagem na farmácia pode compensar parte desse problema.
O farmacêutico do Ministério da Saúde e professor da Pós-graduação em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica no ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Rafael Poloni, destaca que os testes são importantes para identificar e isolar pacientes com o vírus, evitando a disseminação da Covid-19. Ele explica como os farmacêuticos devem atuar no atendimento a pacientes com resultados positivos.
“O teste deve ser feito com orientação e deve contribuir para a vigilância epidemiológica eficiente, colaborando com estratégias de combate ao coronavírus na saúde pública. Por isso, quando a testagem for positiva, a vigilância em saúde local deve ser informada, para as devidas providências e orientações ao usuário.”, explicou.
Tipos de testes
Nas farmácias, o PCR é o teste mais confiável. Mas, ele ainda é novidade para muitos, pois, foi no começo do ano que as lojas das grandes cidades passaram a oferecer, de forma mais ampla, a modalidade PC, que é realizada por amostra de saliva, essa, por sua vez, é sequenciada em um laboratório parceiro da farmácia. O resultado para o PCR leve até 48 horas.
Por outro lado, os testes rápidos de anticorpos ficam prontos na mesma hora, mas não detectam infecção ativa. Além disso, não são recomendados para uso clínico.
O terceiro modelo comercializado é o de antígeno, que coleta amostra da secreção nasal coletada por cotonete. É um menos sensível que o PCR, mas tem resultado mais rápido de poucas horas.
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