Por enquanto, poucos países no mundo começaram a imunizar a população contra o novo coronavírus (Covid-19), como os Estados Unidos e o Reino Unido, por exemplo. Já no Brasil, a vacinação em massa ainda não teve início e ainda não existe uma data definida para o começo da iniciativa. No entanto, constantemente a imprensa tem repercutido casos de falsas vacinas que estão sendo comercializadas em território nacional por preços populares.
De acordo com o jornal Diário do Rio, há relatos nas redes sociais sobre ambulantes de Madureira, bairro da cidade do Rio de Janeiro, que estão comercializando uma suposta vacina contra a Covid-19 pelo valor de R$ 50,00. Segundo as informações divulgadas pelo veículo, ainda seria possível realizar a aplicação do falso imunizante no local da compra por mais R$ 10,00.
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Em imagens que circulam nas redes sociais, o suposto imunizante seria uma falsificação da vacina desenvolvida pela companhia farmacêutica chinesa Sinopharm. Nesse sentido, vale lembrar também que, até hoje (23/12), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não autorizou nem emitiu nenhum registro de antígeno para imunização do vírus no País.
Autoridades se manifestam
Outro ponto importante é que esse não é um caso isolado, recentemente, a Anvisa emitiu um comunicado sobre uma suposta comercialização irregular de antígenos contra o novo coronavírus em Niterói, região que também faz parte do Estado do Rio de Janeiro.
Nesse caso, os responsáveis pelo falso imunizante alegavam comercializar o antígeno de Oxford, criado pela indústria farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford do Reino Unido. Ao identificar o ocorrido, a Agência reguladora explicou: "Até que seja autorizada pela Anvisa, o cidadão não deve comprar e utilizar qualquer vacina que tenha alegação de prevenir a Covid-19".
Esses casos estão preocupando a comunidade científica, pois, essas substâncias de procedências duvidosas podem causar sérios danos à saúde da população, já que não se sabe, nem mesmo, qual a composição e quais efeitos colaterais podem causar. "Não se sabe o que foi manipulado no produto e qual substância está sendo aplicada na pessoa. É preciso ter aval da Anvisa para atestar a eficácia de vacinas e medicamentos. E, até o momento, nada foi aprovado no País", alertou o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SIM) e integrante do Comitê de Combate à Covid-19 em Belo Horizonte, Estevão Urbano, em matéria publicada pelo jornal O Tempo.
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