A rede de farmácias Vale Verde, de Londrina (PR), está vendendo testes rápidos para Covid-19. Por R$ 200, a coleta é feita no sistema drive-thru, em que o paciente é atendido no automóvel. Para isso, foram instalados contêineres adaptados em três lojas. A rede também faz o exame em domicílio, que custa R$ 250.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou ao Portal do ICTQ, por meio da Assessoria de Imprensa, que a venda de testes rápidos da Covid 19 em farmácia não está autorizada pela Agência até o momento. Sendo assim, de acordo com a Agência, a comercialização realizada pela empresa de Londrina, por enquanto, está irregular.
O gerente de operações da Vale Verde, Cristian Leonardi Portela, rebate. “A empresa já protocolou o pedido de comercialização dos testes junto à Anvisa e aguarda a publicação da decisão. Além disso, o Hilab, que é o laboratório responsável pela realização do teste, tem uma liminar autorizando a realização dos exames em farmácia”.
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Segundo Portela, toda análise e verificação é feita pela central do laboratório. “A RDC 302/05 rege a questão do teste laboratorial remoto. Então não estamos irregulares”, afirma.
O teste rápido de Covid-19 IgG/IgM é um imunoensaio cromatográfico rápido para a detecção qualitativa de anticorpos IgG e IgM para 2019-nCoV em amostra de sangue total, soro ou plasma.
A principal diferença desse teste rápido em relação a outros é que ele identifica a presença de anticorpos, ou seja, se a pessoa teve contato com o vírus. “Para isso, é preciso que o paciente esteja com sintomas por, pelo menos, sete dias, para que o teste seja efetivo”, afirma Portela.
Antes da realização do teste, é feita uma triagem para verificar se o paciente teve contato com alguém contaminado, se apresentou sintomas nos últimos dias (febre, falta de ar, dor de garganta). Depois disso, é realizado o agendamento com o cliente.
De acordo com a empresa, não é preciso entrar no estabelecimento, nem mesmo o paciente sair do carro, a coleta é realizada no interior do veículo. O farmacêutico, totalmente protegido, colhe o sangue por meio de um furo no dedo. É possível também agendar o teste na residência.
Feita a coleta, a amostra é colocada num equipamento para análise e leitura. Os dados capturados são enviados para o laboratório central, via internet, para serem analisados por biomédicos. “O resultado fica pronto em aproximadamente 20 minutos e o laudo chega direto no e-mail do cliente”, afirma Portela.
Caso o resultado dê positivo, a pessoa é orientada a procurar a vigilância epidemiológica, e o Ministério da Saúde é comunicado automaticamente.
Segundo o gerente da Vale Verde, foram encomendadas 530 unidades. “Iniciamos a aplicação do exame na segunda-feira (20). Das 100 unidades que recebemos, 35 foram utilizadas e já temos agendados o restante até a próxima semana, quando receberemos o segundo lote”. Como a matéria-prima é importada e a demanda global elevada, a quantidade de exames é limitada.
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