Farmacêutico é preso por vender falso medicamento contra o câncer

Farmacêutico é preso por vender falso medicamento contra o câncer

Nesta terça-feira (17/03), em São Paulo (SP), a Polícia Civil prendeu duas mulheres e três homens acusados de comercializar medicamentos falsos para o tratamento do câncer de intestino e estômago. Entre os suspeitos, estão um farmacêutico e quatro empresários. A quadrilha vendia os produtos com notas fiscais falsificadas para hospitais de todo o território nacional, conforme informação divulgada pelo G1.

A investigação começou no Piauí, logo após um paciente reclamar que não sentia os efeitos colaterais típicos ao fazer uso de um medicamento. Com suspeitas, o hospital cancelou a terapia e buscou informações com o laboratório responsável pelo fármaco. A empresa farmacêutica esclareceu que aquele lote não fazia parte da linha de produção original e informou que nunca tinha vendido aquele produto para os revendedores.

"Foi pouco mais de um ano e meio de investigação, a gente aprofundou o trabalho com algumas diligências de campo aqui em São Paulo e ficamos sabendo que eles estavam trabalhando com outras empresas. A inicial já estava fechada, já tinham aberto novas e conseguimos identificar os colaboradores e os empresários", disse o delegado da Polícia Civil do Piauí, Erdinando Martins Araújo, ao G1.

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O secretário de Segurança Pública do Piauí, Fábio Abreu (foto), também deu mais detalhes sobre a ação: "Iniciou no Piauí com essa venda de medicamentos falsificados e se expandiu para outros Estados [do Brasil], inclusive, para Goiás, que já tem até homicídio [morte] confirmado em função dessa medicação. Agora com essas prisões e apreensão do material, nós vamos ter uma noção mais ampla de quais eram os locais, hospitais e cidades que essa quadrilha estava agindo. A quadrilha tinha pretensão de exportar esses medicamentos para fora do País”, declarou em matéria publicada no site Piauí Hoje.

Ao todo, participaram da operação 11 policiais civis do Piauí, 25 policiais de Goiás e 40 policiais de São Paulo. O próximo passo das autoridades é descobrir a origem de produção dos medicamentos falsificados: "Não  conseguimos identificar isso ainda. A gente identificou que existiam notas fiscais aparentemente falsas, que foram recolhidas, apreendidas e vamos analisar por que a medicação era vendida com lotes que não existiam. Segundo o fabricante original da droga, ele nunca tinha produzido esse lote nem vendido para essa empresa aqui de São Paulo, que estava vendendo para o Brasil. Era medicação falsa. Inclusive, tem uma investigação em Goiás sobre mortes e o uso dessa medicação", complementou o delegado.

A polícia também realizou mandados de busca e apreensão e encontrou anotações e notas fiscais que serão analisadas. Os cinco suspeitos prestaram depoimento nesta terça-feira (17/03) no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Eles deverão responder por responder por comercialização de medicamento falsificado, crime considerado hediondo. Além disso, poderão ser indiciados por associação criminosa. Por enquanto, a prisão dos acusados ainda é temporária.

Por hora, a identidade dos investigados e os nomes dos possíveis medicamentos falsos não foram revelados.

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