O direito à vacinação contra a Covid-19 dos farmacêuticos se tornou uma briga insistente da Associação dos Farmacêuticos de Iporá, que luta para priorizar a imunização dos profissionais da cidade.
A farmacêutica Darlene Gonçalves, presidente da entidade, está à frente dessa luta. Ela tem reclamado insistentemente junto à Secretaria Municipal de Saúde para incluir os farmacêuticos como prioridade na agenda de vacinação da Covid-19.
No entanto, até o momento, esse direito ainda não foi conquistado, ampliando assim, o descontentamento dos profissionais. Os farmacêuticos defendem que precisam ser considerados como profissionais da área de saúde e, tal como os demais, deveriam já ter sido vacinados.
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Darlene argumenta que o farmacêutico está exposto ao risco de contaminação pelo coronavírus, já que ele lida diretamente com o paciente, afinal, o primeiro local aonde o paciente vai, após ser diagnosticado com o vírus, é a farmácia.
“É inadmissível não terem incluído os farmacêuticos. Foi um erro grave e deixou uma categoria numerosa sem essa imunização”, reclama.
Nos próximos dias, o Conselho Regional de Farmácia (CRF-GO) estará na cidade para discutir sobre esse tema. Segundo Darlene, a oportunidade servirá para defender a imunização dos farmacêuticos, assim como também dos balconistas de farmácia e de todos que atuam no estabelecimento, pois estão expostos à contaminação.
Ela concluiu que ainda pretende conversar om a Secretaria Municipal de Saúde, que ainda não se manifestou sobre o assunto.
Profissionais defendem a imunização dos farmacêuticos
Assim como Darlene, outros profissionais da área também saíram em defesa da imunização dos farmacêuticos.
Entre eles, o farmacêutico do Ministério da Saúde e professor da Pós-graduação em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica no ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Rafael Poloni.
Poloni ralata o contexto histórico do farmacêutico, que “sempre foi o cuidador da saúde das famílias, como boticário, proporcionando saúde e bem estar à população”. Entretanto, segundo ele, “com o avanço da medicina, infelizmente os farmacêuticos, muitas vezes, são esquecidos na composição de profissionais de saúde”.
Já no cenário atual, ele destaca que a classe ficou esquecida das prioridades da agenda de vacinação e, assim como Darlene, reforça o contato direto que esses profissionais estão com pacientes portadores do vírus.
“Em diversos municípios, houve esquecimento do farmacêuticos na inserção dos grupos prioritários à vacinação, ignorando o contato direto com os pacientes e demais profissionais de saúde potencialmente expostos ao novo coronavírus”.
Por fim, Poloni faz um desabafo para que os conselhos da classe atuem em defesa da vacinação dos profissionais, dando a eles o direito da vacina.
“Somos profissionais de saúde, temos direitos à vacinação, para um trabalho seguro. Cabe aos conselhos regionais de farmácia a intervenção junto aos gestores públicos a reivindicação de vacina contra o coronavírus para os farmacêuticos, consoante à agenda de vacinação prioritária do município”, finalizou.
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