De startup a renomada indústria farmacêutica: confira o crescimento da Moderna

De startup a renomada indústria farmacêutica: confira o crescimento da Moderna

Celebrada atualmente como uma importante fabricante de vacinas contra a Covid-19, a empresa norte-americana Moderna era até pouco tempo atrás uma obscura startup ainda sem produto no mercado, conforme revelou a revista Exame. Em um ano, suas ações subiram 410% e o faturamento se multiplicou por 65.

Poucas empresas ganharam tanta evidência durante a pandemia do novo coronavírus como a companhia farmacêutica Moderna. Até o ano passado, ela era uma pequena startup de biotecnologia sediada em Massachusetts que prometia revolucionar o mercado de medicina com novas tecnologias.

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No primeiro trimestre do ano surgiram os primeiros lucros e o resultado nos três meses seguintes foi ainda mais positivo. A companhia registrou lucro líquido de US$ 2,78 bilhões (R$ 14,5 bilhões) e receitas de US$ 4,35 bilhões (R$ 22,6 bilhões) no segundo trimestre. No mesmo período de 2020, a Moderna havia registrado faturamento de US$ 67 milhões (R$ 348,4 milhões) – alta de 65 vezes, segundo apurou o Valor.

Os resultados são sustentados por seu único produto disponível no mercado atualmente – a vacina contra a Covid-19. A companhia informa que vendeu 199 milhões de doses do imunizante entre abril e junho, somando 302 milhões de doses nos seis primeiros meses de 2021. A Moderna acredita que vai entregar entre 800 milhões a 1 bilhão de doses até o fim do ano e entre 2 a 3 bilhões de doses em 2022.

Esses números refletem a demanda por vacinas, que continua alta, principalmente com a chegada da variante Delta e pelo fato de que diversos órgãos de saúde estejam contemplando uma dose extra para aumentar a imunidade. Isso tem feito os pedidos se manterem em alta.

De acordo com a empresa, em termos de contratos, ela tem US$ 20 bilhões (R$ 104 bilhões) assinados em vendas em 2021, US$ 12 bilhões (R$ 62,4 bilhões) em 2022 – com opção de compra de mais US$ 8 bilhões (R$ 41,6 bilhões) – e informa que já está em negociação para contratos de entrega para 2023, antecipando a fase endêmica da Covid-19, conforme apurou o Valor.

Para desenvolver a vacina, a Moderna fez parceria com cientistas do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. Os trabalhos começaram em janeiro de 2020, logo após a China compartilhar o genoma do novo coronavírus. A empresa diz que pretende usar a receita da vacina contra Covid-19 em pesquisa e desenvolvimento de novos imunizantes.

Desde que surgiu, a Moderna prometeu mudanças, principalmente com a tecnologia de RNA Mensageiro. Ela tem drogas em testes para tratar doenças complexas, como câncer ou condições genéticas raras. Outras vacinas estão nos planos, para tratar vírus como Nipah ou Zika, e até Aids. Dez imunizantes da empresa estão ou aguardam início de testes. No total, a empresa realiza testes clínicos em cinco áreas: doenças infecciosas, cardiovasculares, oncologia, raras e autoimunes.

Vacinas criam espaço para farmacêutico na indústria

O ‘boom’ no mercado de vacinas abriu várias frentes em toda a cadeia de produção e distribuição de medicamentos. Com esse movimento, crescem as oportunidades para farmacêuticos atuarem no ramo industrial, conforme destaca a farmacêutica industrial e professora da pós-graduação de Gestão da Qualidade e Auditoria em Processos Industriais do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Luciana Colli.

“Primeiramente, esse ‘boom’ ocorreu na área de importação de insumos, especialmente do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo). Depois, o próprio processo de fabricação nas indústrias brasileiras – Bio-Manguinhos/Fiocruz, Butantan e outros laboratórios que estão produzindo as vacinas”, destaca Luciana, lembrando que na sequência vêm os distribuidores e todo o restante da cadeia farmacêutica.

“É bom destacar que todos esses processos necessitam da presença e da assistência técnica do farmacêutico, seja na importação, na produção ou na distribuição”, acrescenta a professora do ICTQ. “Com o aumento da demanda, abrem-se várias oportunidades para os profissionais de Farmácia”, completa.

Como a indústria farmacêutica é naturalmente muito exigente, a busca por novos profissionais passa necessariamente pelos mais experientes, conforme ressalta Luciana. “Infelizmente, o mercado sempre busca pessoas com experiência. No caso atual, esse profissional não precisa ter experiência diretamente com vacina, mas é necessário vivência no ramo industrial, na fabricação e importação de medicamentos”.

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Vacinas são medicamentos biológicos e como tal precisam de farmacêutico com conhecimentos consolidados, adiciona Luciana. “É muito difícil equilibrar essa relação demanda por profissional – candidato experiente versus inexperiente. Porque o processo de fabricação de medicamentos é extremamente regulado, altamente complexo, envolve muito risco. São criadas várias estratégias para minimizar esse risco, mas ainda assim, devido à intensidade das atividades, ao impacto dessas atividades, não ter um profissional experiente pode significar muito risco”.

Por conta disso, a professora aconselha aos interessados na área industrial começarem cedo. “É preciso começar desde jovem, passando por todas as etapas da carreira na indústria, desde estagiário, trainee, depois analista júnior, pleno e sênior e os cargos gerenciais. Porque são atividades muito complexas e, como o mercado de fabricação de medicamentos tem uma rotina muito intensa, não há tempo suficiente para fazer treinamentos de conhecimentos básicos. Por isso o profissional farmacêutico deve crescer dentro da indústria farmacêutica”, frisa Luciana.

O farmacêutico industrial tem uma das carreiras mais concorridas e valorizadas do mercado. Com o avanço da legislação do setor, a crescente preocupação com a qualidade dos produtos industrializados e a necessidade de aumento de produtividade industrial a carreira demanda, cada vez mais, investimentos em aperfeiçoamento profissional.

Ser farmacêutico industrial exige do profissional conhecimentos aprofundados de gestão industrial e ferramentas da qualidade, normas nacionais e internacionais de Boas Práticas de Fabricação, técnicas de controle de qualidade, gestão de projetos e processos e, principalmente, da legislação sanitária do setor.

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