O laboratório Teuto está trazendo ao mercado nacional o cloridrato de sibutramina monoidratado, um medicamento de uso oral indicado para o tratamento da obesidade por meio de redução da ingestão e prevenção do declínio do gasto energético.
Segundo a empresa, o genérico é indicado para o tratamento das pessoas obesas, levando à perda de peso por meio de um duplo mecanismo – redução da ingestão de alimentos pelo aumento da saciedade e diminuição da fome, além da prevenção do declínio do gasto energético que segue a perda de peso.
O laboratório adverte que o medicamento deve ser usado como parte de um programa de perda de peso, que inclui dieta com redução de calorias e atividade física apropriada, sempre com supervisão médica.
“Cada pessoa responde diferentemente ao tratamento com cloridrato de sibutramina quando usado como parte de um programa de perda de peso. O médico deverá ser notificado no caso de variações das respostas iniciais esperadas, para que ele possa reavaliar a situação e fazer os ajustes necessários ao seu programa”, esclarece o farmacêutico supervisor de mercado da Teuto Thiago Lobo Matos, em comunicado da empresa.
Matos conta que o fármaco pode ser detectado no sangue em concentração máxima após 3 horas da sua administração e entre 14 e 16 horas apenas 50% da dose absorvida é capaz de ser constatada. “O tempo estimado para início do efeito terapêutico da medicação (perda de peso) é de no mínimo 15 dias, podendo haver variações individuais”, explica.
O farmacêutico alerta que a sibutramina, que possui venda sob prescrição médica, é contraindicada para o uso de alguns pacientes, incluindo crianças, adolescentes e idosos acima de 65 anos. Ele lembra ainda que o abuso do medicamento pode causar dependência.
Há outras contraindicações para a sibutramina, segundo o supervisor da Teuto. “Pessoas com histórico de diabetes mellitus tipo 2, com hipertensão controlada por medicação, dislipidemia (aumento dos níveis de colesterol ou triglicérides), prática atual do tabagismo ou nefropatia diabética com evidência de microalbuminúria devem evitar o medicamento. Ele também é contraindicado para pacientes com índice de massa corpórea (IMC) menor que 30kg/m2 e pacientes com histórico de doença arterial coronariana”.
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O farmacêutico e professor da pós-graduação em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica no ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Rafael Poloni, reforça os cuidados que o farmacêutico deve ter com o medicamento no atendimento aos pacientes.
“A sibutramina é indicada no tratamento da obesidade, cujo mecanismo de ação se dá por inibição da recaptação de norepinefrina, serotonina e dopamina. Ela necessita de dispensação cautelosa pelo farmacêutico, pois é acompanhada de inúmeros efeitos adversos, dentre eles riscos cardiovasculares”, frisa Poloni, lembrando que entre as contraindicações também está o uso em pessoas com glaucoma.
Segundo o professor do ICTQ, o medicamento aumenta substancialmente a pressão sanguínea em alguns pacientes e pode causar midríase. “Além disso, é capaz de interagir com inibidores de monoamina oxidase, podendo levar até a síndrome serotoninérgica, que inclui hipertermia, rigidez muscular, instabilidade autonômica, com flutuações de sinais vitais e mudanças de estados mentais”.
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