A Samsung Biologics passará a produzir doses de vacina contra a Covid-19 do laboratório americano Moderna. A negociação foi firmada entre as companhias da Coreia do Sul e dos Estados Unidos neste sábado (22/05).
Com a negociação, a produção das vacinas será feita nas fábricas da Samsung Biologics, em Incheon, na Coreia do Sul. O acordo prevê a fabricação comercial, envasamento e acabamento em larga escala dos imunizantes, a partir do terceiro trimestre de 2021.
A produção deve atender ao mercado interno, acelerando a campanha de vacinação no país. Mas, também, será enviada para outros países, exceto os Estados Unidos.
Receba nossas notícias por e-mail: Cadastre aqui seu endereço eletrônico para receber nossas matérias diariamente
Segundo o Valor Econômico, o acordo foi feito entre as companhias um dia após a cúpula do presidente sul-coreano, Moon Jae-in, se reunir com o mandatário americano Joe Biden, nos EUA.
A iniciativa marca o primeiro acordo de produção de vacinas para a Samsung Biologics, um dos líderes mundiais na fabricação de produtos biofarmacêuticos. Além disso, dá ao governo sul-coreano uma oportunidade para o país ganhar mais experiência de produção dos imunizantes.
Pesquisa e desenvolvimento de vacinas no Brasil
De modo geral, o processo de desenvolvimento de uma vacina consiste em rigorosas etapas que servem para comprovar três importantes aspectos; a segurança, qualidade e eficácia. As agências reguladoras mundiais avaliam estes aspectos para dar aprovação do uso dos imunizantes em humanos.
No Brasil, essas avaliações são feitas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O processo de análise da entidade consiste em verificar os resultados de um “pacote de estudos clínicos”, conforme explicou o gerente geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, em vídeo exclusivo da série Farmacêuticos pela Vacina, no canal do Youtube do ICTQ (assista o vídeo completo aqui).
Mendes detalhou que a fase 1 é voltada a verificar a segurança da vacina, porém, em um grupo menor de pessoas, que são testadas para analisar reações adversas e eventos que podem ocorrer. A fase 2 é exploratória, que analisa os diferentes tipos de tratamento, dosagem, público-alvo, entre outros. E, por fim, a fase 3 é a confirmatória, realizada com um grupo maior de voluntários, e nessa etapa, é analisado se a vacina é segura e eficaz.
Porém, Mendes, que também é professor da Pós-graduação de Assuntos Regulatórios, entre outros cursos no ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico - explica que para não expor as pessoas a riscos, o ensaios com humanos são realizados somente após os estudos prévios em animais e laboratórios terem sido concluídos com resultados seguros.
“É importante ficar claro um conceito. Antes de qualquer estudo em humano, as vacinas precisam ser testadas em modelos animais e modelos laboratoriais, porque é ali que se verifica se a vacina pode oferecer algum risco para as pessoas e quais são esses riscos”.
Participe também: Grupos de WhatsApp e Telegram para receber notícias farmacêuticas diariamente..
Obrigado por apoiar o jornalismo profissional
A missão da Agência de notícias do ICTQ é levar informação confiável e relevante para ajudar os leitores a compreender melhor o universo farmacêutico. O leitor tem acesso ilimitado às reportagens, artigos, fotos, vídeos e áudios publicados e produzidos, de forma independente, pela redação da Instituição. Sua reprodução é permitida, desde que citada a fonte. O ICTQ é o principal responsável pela especialização farmacêutica no Brasil. Muito obrigado por escolher a Instituição para se informar.