A Samsung está com um projeto para a área de fabricação de medicamentos biológicos, que envolve uma unidade fabril com um valor estimado em US$ 2 bilhões (equivalente a mais de R$ 10 bilhões). Apesar de, atualmente, ser conhecida no Brasil por meio dos seus produtos eletrônicos, a companhia também é gigante em outros setores, como o farmacêutico industrial, por exemplo.
De acordo com informações divulgadas por meio do The Wall Street Journal, a unidade terá 230 mil metros quadrados de área útil e sua inauguração está prevista para 2022. A instalação promete ser o maior empreendimento de manufatura de produtos farmacêuticos no mundo, com sua localização na terra natal da companhia, Coreia do Sul.
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Para ter uma ideia da dimensão do empreendimento, o espaço deverá ser maior que o Estádio do Maracanã, que possui 186 mil metros quadrados, segundo informações do site da Votorantim. Nesse sentido, o chefe-executivo da companhia sul-coreana, Kim Tae-han, contou ao tabloide que o projeto da nova fábrica, que recebeu o nome de Super Plant, previa inicialmente ocupar instalações menores.
No entanto, a iniciativa mudou com a chegada da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que influenciou o surgimento de uma nova categoria de produtos: tratamentos para esta doença. Com isso, a companhia optou pela expansão dos seus negócios para poder desenvolver possíveis terapias com anticorpos contra o vírus.
O novo empreendimento pertence a um braço da companhia intitulado de Samsung Biologics Co., que já tem em seu portfólio três empresas do segmento. Ainda sobre a infraestrutura da quarta fábrica, ela será maior que o trio que engloba as outras unidades do grupo.
Outras empresas
Vale ressaltar que outras empresas de tecnologia têm investido no setor de fabricação de medicamentos. Recentemente, a lendária marca de fotografia Eastman Kodak anunciou que vai começar a desenvolver produtos farmacêuticos em meio à pandemia. Ao anunciar a novidade, a empresa destacou que a iniciativa deverá gerar 360 empregos diretos e 1.200 indiretos.
"Ao alavancar nossa vasta infraestrutura, nossa profunda experiência na fabricação de produtos químicos e nossa herança de inovação e qualidade, a Kodak desempenhará um papel fundamental no retorno de uma cadeia de suprimentos farmacêuticos americanos e confiáveis", disse o executivo-chefe da empresa, Jim Continenza, em comunicado à imprensa.
A iniciativa foi financiada por um empréstimo realizado junto à Corporação Internacional de Financiamento ao Desenvolvimento dos Estados Unidos (DFC), que forneceu o dinheiro para a criação da Kodak Pharmaceuticals, que "produzirá componentes farmacêuticos que foram identificados como essenciais, mas caíram em uma escassez crônica nacional", completou a companhia.
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