A Cimed registrou alta de 35% na receita no ano passado, puxada pelo aumento do consumo de vitaminas e polivitamínicos. Segundo o diretor financeiro da farmacêutica, José Roberto Lettiere, em 2020 as vendas no varejo chegaram a R$ 1,3 bilhão e a participação de vitaminas atingiu 30%. Antes da pandemia, o segmento não tinha representatividade para a companhia.
“Vitaminas e polivitamínicos apresentaram crescimento de 44% no ano passado. Antes, não passava de 20%. Junto com OTC e higiene pessoal, vitaminas está entre as principais categorias para a Cimed.” O executivo ressaltou que o salto nas vendas desses produtos veio em função da preocupação com o aumento da imunidade.
“Acredito que isso deve se manter neste ano, não devemos ver um crescimento acima de 40% porque, vale lembrar que, a base era pequena. Mas, a alta nas vendas nesse segmento deve ser acima de 20%. Isso é uma coisa que veio para ficar”, disse Lettiere.
No ano passado, a receita bruta da Cimed alcançou R$ 2 bilhões, um aumento de 25%. Já o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) atingiu R$ 320 milhões, alta de 100% no comparativo a 2019.
“Nosso resultado de Ebitda teve um salto forte porque conseguimos focar no modelo de negócios mais justo. Tivemos uma margem de 25% e foi um aumento bem importante”, afirmou. Segundo o executivo, 2020 foi o ano em que a companhia alinhou toda estratégia de crescimento.
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Lettiere ressaltou que a Cimed, com esse resultado em vendas, chegou na sexta colocação no ranking brasileiro considerando o faturamento. “Esse é um driver importante porque já somos a terceira em volume. Isso mostra que conseguimos melhorar a nossa rentabilidade. Geramos um fluxo de caixa livre de R$ 500 milhões”, afirmou. A farmacêutica não divulgou o resultado da última linha do balanço.
Segundo ele, a Cimed antecipou compra de matérias-primas importadas para tentar minimizar o impacto com a alta dos custos. “Conseguimos fazer boas negociações e fomos bastante eficientes na política de hedge. Tivemos uma boa diretriz em gestão de crise."
A farmacêutica, segundo ele, teve toda a cobertura das importações, já prevendo o aumento do câmbio. “Os contratos eram de seis meses e conseguíamos operar antes dos overshooting. Quando o dólar atingiu R$ 5,50, estávamos protegidos em R$ 4,5 a R$ 4,6. A política de hedge continua e no primeiro trimestre ainda estamos ganhando, a volatilidade cambial continua".
Para 2021, a expectativa da companhia é um crescimento de 20% na receita. “O primeiro trimestre já estamos em um ritmo de alta de 40%.” A Cimed irá investir também R$ 200 milhões.
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