O diretor financeiro do laboratório norte-americano Eli Lilly, Josh Smiley, foi forçado a renunciar ao cargo depois que uma investigação interna da empresa revelou “comunicações pessoais consensuais, embora inadequadas” com funcionários de nível hierárquico inferior, revelou a Reuters.
Eli Lilly informou que o comportamento demonstrou falta de julgamento por parte de Smiley. A empresa não deu mais detalhes sobre as comunicações, se havia nelas conotação sexual ou algum tipo de assédio, nem o número de funcionários envolvidos.
“A Eli Lilly considera todos os funcionários responsáveis por seus valores e acredita que seus diretores executivos carregam um fardo ainda maior para garantir que esses valores sejam mantidos. Josh Smiley não atendeu a esse padrão”, afirmou a companhia em comunicado distribuído ontem (9/2).
A empresa nomeou Anat Ashkenazi como vice-presidente sênior e diretor financeiro. Ele ingressou na companhia em 2001. Seu cargo mais recente foi vice-presidente sênior e diretor financeiro da Lilly Research Laboratories, os laboratórios de pesquisa do grupo.
Smiley ingressou na Eli Lilly em 1995 e se tornou diretor financeiro em janeiro de 2018. Sua conduta, que motivou o afastamento, não está relacionada a questões financeiras ou de negócios e ele estará disponível para ajudar na transição para o novo ocupante do cargo, informou o laboratório.
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Smiley receberá US$ 9 mil (R$ 48,5 mil) a cada duas semanas até julho para facilitar a transição, de acordo com a Eli Lilly. Mas, como parte do acordo de separação, ele abrirá mão do bônus em dinheiro de US$ 1 milhão (R$ 5,4 milhões), cerca de US$ 3 milhões (R$ 16,1 milhões) de um prêmio como acionista e cerca de US$ 20 milhões (R$ 107,8 milhões) em futuros prêmios de incentivo. Ele recebeu o pagamento de cerca de 19 mil ações em 1º de fevereiro, no valor de cerca de US$ 3,8 milhões (R$ 20,5 milhões), de um outro prêmio.
As empresas estão mais dispostas a demitir executivos por comportamento impróprio desde que o movimento #MeToo expôs anos de padrões inadequados e, às vezes, ilegais de assédio. Nos últimos anos, ex-presidentes do McDonald's e da Intel também deixaram os cargos após a descoberta de que tinham relacionamentos pessoais considerados impróprios no ambiente corporativo.
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